Pesquisadores debatem a importância da educação científica no ensino básico

Na tarde da última quinta-feira, 14/07, pesquisadores discutiram os desafios da educação científica básica durante a 63ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Especialistas foram unânimes ao apontar a valorização profissional como determinante para o avanço do sistema educacional do Brasil.

O professor da Universidade de Brasília (UnB) Isaac Roitman destacou a importância da educação científica que se manifesta por ser a ciência o melhor caminho para se entender o mundo sem mitos e preconceitos. Além disso, o professor considera que a ciência estimula a criatividade e a imaginação, levando ao desenvolvimento de habilidades ainda na infância.

Isaac Roitman aponta que o modo desinteressante como os professores tem ensinado ciência na escola básica tem sido uma dificuldade para o aprendizado. Ele acrescentou que a estruturação de uma política de formação docente é fundamental para reverter este quadro e para valorizar e dar mais segurança aos profissionais da educação.

O representante do Ministério da Ciência e da Tecnologia (MCT), Ildeu de Castro Moreira, apontou que os avanços em ciência e tecnologia depende da popularização da educação científica no Brasil. Ele apontou que a aproximação da educação formal da educação não-formal, o uso das mídias e da internet, a expansão e o aprimoramento de espaços científicos e culturais e a definição e execução de políticas públicas são os principais desafios para o avanço a educação científica no país.

Ildeu de Castro Moreira do Ministério de Ciência e Tecnologia

A professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro Isabel Martins lembrou que o ensino de ciência tem um duplo compromisso: o de produzir conhecimento científico e de promover a transformação da realidade social. Além da valorização do profissional da educação, a professora aponta que sem as crianças na escola em período integral não será possível se promover os avanços no sistema educacional no país.

Isac Roitman da Universidade de Brasília em destaque