Médico do IPTSP (UFG) apresenta casos clínicos de Lagochilascaríase

Em 14/07/11 02:07.
Instituto é referência mundial em pesquisas e tratamento da doença

O Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (IPTSP), da UFG, é referência mundial em pesquisas e no tratamento de Lagochilascaríase, infecção ocasionada por um parasita que causa lesões na pele de humanos. A informação foi dada por Alverne Passos Barbosa, médico do Instituto, durante a conferência “Lagochilascaríase – Uma parasitose humana emergente na região neotropical”, realizada no dia 13 de julho, durante a 63ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).


O pesquisador apresentou imagens e vídeos de casos clínicos atendidos no Hospital das Clínicas da UFG para exemplificar a grande capacidade migratória dos parasitas no corpo humano. Os vermes, transmitidos por meio da ingestão da carne de animais silvestres, são capazes de se locomover para diferentes partes do corpo e até de atravessar o tecido ósseo.


A Lagochilascaríase é comum na região neotropical, que compreende o sul da América do Norte, a América Central e a América do Sul. No Brasil, onde estão localizados 90% dos casos, o maior número de infectados é encontrado no Pará, Rondônia, Tocantins, Acre e Mato Grosso. A doença é mais comum em áreas próximas a florestas, especialmente no Norte do país, por isso a maioria dos casos atendidos em Goiânia, cidade referência no tratamento, são oriundos de outros estados.


Alverne Passos Barbosa explicou que a situação é ainda mais preocupante nos casos onde não existem lesões aparantes, pois normalmente quando é descoberto, o parasita já pode ter afetado o sistema nervoso central, causando profundos transtornos mentais. Segundo o pesquisador, 9% dos pacientes com o parasita morre em decorrência da Lagochilascaríase. Entretanto, ele acredita que o número pode ser ainda maior, pois os dados são prejudicados em decorrência da falta de continuidade dos pacientes com o tratamento.

 

Fonte: Ascom/UFG

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