Companhia de dança Lumini aborda ciência de forma lúdica na SBPC Jovem

Matérias do ensino fundamental e médio como química, física e biologia despertam maior dificuldade e, por conseguinte, o desinteresse da maioria dos jovens estudantes durante o período escolar. Com o intuito de aproximar as crianças de tais conteúdos e fazer com que sejam encarados de forma mais tranquila no futuro, a companhia de dança Lumini, projeto do Instituto de Educação Física da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), fez a primeira apresentação do espetáculo “Luminescência”, na quarta-feira, 14, como parte da programação da SBPC Jovem.

A peça é encenada por atores profissionais e jovens de projetos sociais ligados a UERJ e foi desenvolvida como projeto comemorativo ao Ano Internacional da Química. O palco de fundo negro, os atores camuflados e os bonecos fluorescentes iluminados por luz negra, criam uma atmosfera encantadora ao contar a história de Nina, uma menina em busca de conhecimento. A precisão dos movimentos somada à trilha sonora enaltecem o trabalho de três meses de preparação do espetáculo.

Sérgio Machado, coordenador da companhia de dança, interagiu com o público após a apresentação e ressaltou o sentido do projeto: “Queremos trazer para os pequenos aqui presentes algo que eles levem pro futuro”. A professora do Instituto de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Cláudia M. Rezende, incentivadora do projeto, acredita ser muito importante vincular a ideia do lúdico como ferramenta de aprendizado. Ao comemorar o Ano Internacional da Química, a ideia é fazer com que a ciência saia do laboratório e seja entendida no cotidiano. “O mais importante é estreitar o laço entre academia e sociedade”, afirma Sérgio Machado.

Renata Razuck, do Distrito Federal e expositora de pôsteres da SBPC, levou os dois filhos, de 5 e 11 anos, para assistir à peça e acredita ser a proximidade lúdica com a ciência que torna o projeto tão interessante. “A ciência está muito presente e ao mesmo tempo muito distante da nossa realidade. Mais projetos como este deveriam existir”, diz a mãe e expositora. A apresentação de aproximadamente 40 minutos no prédio da Faculdade de Comunicação e Biblioteconomia (Facomb) arrancou gargalhadas e aplausos de um público composto por crianças, jovens e adultos.