Escola de Agronomia promoveu palestra sobre mudanças no Código Florestal
Illa Rachel
Fotos: Jaqueline Telis
As mudanças na Lei nº. 4.771, de 15 de setembro de 1965, conhecida como Código Florestal, têm gerado polêmica. Do embate entre ambientalistas e ruralistas emergem pontos de discussão importantes a respeito da preservação ambiental e a produção agropecuária do país. Atenta ao debate, a Escola de Agronomia ofereceu uma palestra informativa a estudantes, professores e comunidade em geral, proferida pela professora e coordenadora do curso de Engenharia Florestal, Sybelle Barreira, responsável por detalhar cada artigo da nova lei.
Ao comparar o que está disposto na Lei de 1965 e os fatos atuais, a professora explicou de que maneira as alterações propostas poderão ser colocadas em prática e suas consequências para os pequenos e grandes produtores.
Professora Sybelle Barreira explica as mudanças no Código Florestal
Um auditório lotado acompanhou a palestra da professora e ao final foi aberto um espaço para perguntas. Muitas dúvidas e questionamentos acerca de pontos específicos da lei - a criação de Áreas de Preservação Permanente (APP) e a anistia de penalidades impostas aos responsáveis por crimes ambientais praticados até julho de 2008, por exemplo -, mostraram que o assunto ainda é controverso, mesmo para aqueles habituados a estudá-lo com profundidade.
Auditório da Escola de Agronomia, onde foi ministrada palestra sobre o novo Código Florestal
Sybelle Barreira acredita que o assunto ainda será muito debatido, por isso é preciso ficar a par das mudanças. “Nós, que trabalhamos com produção agropecuária, devemos atentar para as mudanças que afetem nosso trabalho”, salientou. Em meio a tantas dúvidas, fica a pergunta: as mudanças serão boas? “Eu acredito que o que foi proposto poderá trazer melhorias, mas deve ser ponderado”, afirmou a professora.
Entenda a polêmica – Elaborado em 1934 e atualizado na década de 1960, o Código Florestal vigente no Brasil aborda temas como desmatamento e produção agropecuária em um contexto sociopolítico e econômico totalmente diferente do atual. O projeto da nova lei federal, que tramita há 12 anos na Câmara dos Deputados, teve como relator o deputado Aldo Rebelo (PC do B/SP).
A recomposição da reserva legal, área de preservação da mata nativa existente em toda propriedade rural, e da vegetação que margeia rios de pequeno porte são os pontos ainda controversos da nova lei, cuja votação já foi adiada algumas vezes. Na sessão extraordinária realizada na quarta-feira (04/05), a base aliada do governo na Câmara dos Deputados conseguiu adiar a votação para a terça-feira (10/05).
Fonte: Ascom / UFG
Categorias: Palestra