Evento atrai estudantes do interior

“A maioria chega perguntando onde fica a Medicina ou o Direito”, comenta a professora Nyuara Mesquita, do curso de Química. “Um evento como esse dá visibilidade aos outros cursos e mostra possibilidades que os alunos não conhecem”, completa.  E não faltou criatividade por parte dos monitores e coordenadores dos espaços interativos: Yuri Araújo Borges, acadêmico de Química, abordava os estudantes no corredor com brincadeiras e chamava a atenção para os experimentos na sala interativa. “Jogar tênis com bolhas de sabão ou lançar um foguete é uma forma de atrair um aluno que possa ter potencial para a área, mas que não a conhece”, explicou.

Na sala de Fisioterapia, eram oferecidas explicações sobre o funcionamento de aparelhos mecânicos e elétricos usados na profissão. Daisy de Araújo Villela, professora do curso que é sediado em Jataí, respondia a dúvidas dos alunos interessados na área. “Vejo que são rostos cada vez mais novos. Uma estudante chegou a me pedir para convencê-la a fazer o curso; grande parte ainda é muito imatura, e vem ao evento para buscar alguma orientação”, afirmou. “As perguntas giram muito em torno do mercado de trabalho para a profissão; parecem estar mais preocupados com o emprego do que escolher a linha de formação. Mas com certeza é difícil fazer esse tipo de escolha nessa idade”, concluiu.

Estudantes conhecem materiais utilizados pelo Fisioterapeuta

“Realmente, muitos têm dúvidas sobre questões como salário e demanda por profissionais do setor”, garante Bárbara Klosouski de Bastos, que dava explicações sobre plantas na sala de Ciências Biológicas. A estudante trabalhava como voluntária no estande. “Quando fiz ensino médio, não tive a chance de conhecer como era meu curso tão de perto. A oportunidade de conversar com acadêmicos é muito significativa, já que eles conhecem a realidade do curso e da profissão”, ressaltou.

O dia também rendeu apresentações para os cursos recentes na UFG. O coordenador do curso de Engenharia de Software, Edmundo Sérgio, apresentou aspectos gerais da profissão e detalhou as linhas de formação possíveis. Segundo ele, o curso foi o primeiro da categoria a ser implantado no país, e há possibilidade de atuação direta no Parque Tecnológico em construção na UFG. De acordo com o coordenador, atualmente existe uma demanda por cerca de 100 mil profissionais dessa categoria no Brasil.

Também houve espaço para atividades culturais. No teatro da Escola de Música e Artes Cênicas, alunos da graduação em Música emocionaram os presentes com composições americanas e alemãs, além da Suíte dos pescadores, de Dorival Caymmi. A pró-reitora de graduação da UFG, Sandramara Matias Chaves, comentou a programação cultural do Espaço das Profissões. “Nos outros anos tivemos atividades desse tipo, mas agora temos uma rede extensa de apresentações culturais; no teatro, no pátio, no palco montado no gramado. O movimento serve para mostrar aos estudantes que a universidade vai além da sala de aula, englobando pesquisa, ensino, extensão e cultura”, explicou.

Estudantes de Música realizaram apresentação para os visitantes no Teatro da EMAC