UFG celebra a formatura dos participantes do Projeto Cooperar

Tiago Gebrim

Fotos: Carlos Siqueira

No último sábado, 16 de abril, a UFG realizou a formatura dos catadores de materiais recicláveis do projeto Cataforte/Cooperar. Trezentos e vinte catadores concluíram o curso, organizados em um total de 15 cooperativas. O evento ocorreu pela manhã no Centro de Cultura e Eventos da UFG com um café da manhã oferecido a todos os presentes.

A mesa diretiva foi composta pelo coordenador da regional goiana da ONG Moradia e Cidadania da Caixa Econômica Federal, Márcio Polveiro, o deputado federal Rubens Otoni, o consultor da Fundação Banco do Brasil, Jorge Bertoldi, a representante do comitê regional goiano do Movimento Nacional dos Catadores de Material Reciclável (MNCR), Dulce Helena do Vale, o diretor de coleta seletiva da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), Oséas Porto, o coordenador da incubadora social da UFG, Fernando Bartholo, e o reitor da universidade, Edward Madureira Brasil.

O Projeto Cataforte (Fortalecimento do Associativismo e Cooperativismo dos Catadores de Materiais Recicláveis, em Goiás nomeado como Projeto Cooperar) é uma iniciativa do Ministério do Trabalho e Emprego, por meio da Secretaria Nacional de Economia Solidária, conveniada com a Fundação Banco do Brasil. Em território goiano o projeto foi apadrinhado pela ONG Moradia e Cidadania, que solicitou a parceria da UFG para ministrar os módulos do curso. De acordo com Márcio Polveiro, o objetivo  é a capacitação técnica e a qualificação profissional dos catadores, que, por mais ou menos um ano, receberam aulas de aspectos jurídicos na formação de cooperativas, relacionamento interpessoal, cuidados com o meio ambiente e prevenção de acidentes de trabalho, entre outras disciplinas. (Veja mais) Após o término desta etapa, o projeto irá auxiliar os catadores na criação das cooperativas como empresa jurídica (inclusive com a cobertura das despesas) e na comercialização dos materiais, de forma unificada, diretamente para as indústrias, de modo a alcançar melhor preço de venda.

O coordenador da incubadora social, Fernando Bartholo, chamou a atenção para a "capacidade de mobilização que os catadores de Goiânia e municípios arredores conseguiram alcançar". Para ele, o projeto possibilitou a reestruturação das cooperativas em Goiás. Contudo, Oséas Porto, da Comurg, lembrou que ainda há muitos trabalhadores em Goiânia (aproximadamente 2.000) que trabalham sob regime escravo, em mais de 200 depósitos clandestinos. O deputado Rubens Otoni agradeceu à parceria da UFG, ressaltando a abertura da universidade aos projetos sociais e à comunidade, e classificou a capacitação como uma forma de "gerar renda e empregos de maneira inteligente". O reitor Edward Madureira, em sua palavra, ressaltou a importância do fortalecimento das relações entre a universidade e a sociedade, e afirmou que outros cursos e contribuições nessa linha virão. Edward Madureira agradeceu também ao prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, pela contribuição da Prefeitura em vários projetos da universidade, e a Rubens Otoni, responsável pela abertura do governo federal às iniciativas da UFG.

Após a entrega dos diplomas houve um animado sorteio de diversas premiações para os formandos.