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As várias fases de Zeca Baleiro

在 27/04/11 05:51 上。
Artista relata suas experiências de vida em uma conversa descontraída no Centro Cultural da UFG

 Illa Rachel

 

Em mais uma noite de programação do Banquete de livros, o Centro Cultural da UFG foi palco para um bate-papo com o cantor e compositor maranhense Zeca Baleiro. Autor de livros como Bala na agulha e Vida é um souvenir made in Hong Kong, este último lançado pela Editora UFG, o artista foi convidado a fazer um resgate das suas experiências que serviram de base para suas obras.

 

José Antunes Marques, o maitre da ocasião, deu início à conversa com versos do artista cearense Ednardo: “está escrito no grande livro da sabedoria popular, que primeiro se deve viver que é pra depois poetar” e questionou se Zeca havia feito isso. A infância de Zeca, no interior do Maranhão e depois na capital São Luís, foi fonte para passagens do livro Bala na agulha. “O tempo que passamos brincando, comprando verdura na casa da vizinha foram importantes para minha vida. Além disso, nós tínhamos tempos para dedicar à leitura, o que acabou influenciando minhas obras futuras”, explica o artista. Além da infância, José Antunes Marques debateu com Zeca Baleiro a questão do negro em suas composições, citou João do Vale, artista conterrâneo de Zeca e conhecido pela canção Pisa na Fulô, e a influência da obra do escritor Sousândrade nas composições de Baleiro.

João Antunes Marques e Zeca Baleiro em mais uma noite da programação do Banquete de livros

 

Sobre Vida é um souvenir made in Hong Kong, foi levantado a questão da mercantilização da vida e das relações humanas atualmente, temas frequentes nas canções reunidas no livro lançado no final de 2010. O artista maranhense acredita que é preciso viver em sintonia com o tempo, porque isso permite uma interferência no mundo, e o artista deve ser crítico do seu tempo. “O uso desmedido das novas tecnologias tem interferido de maneira significativa e quase definitiva nas relações humanas, mudando a maneira como encaramos as coisas”, enfatiza Zeca Baleiro.

 

Durante a conversa, Zeca cantou canções inspiradas nos poemas “E agora, José?”, de Carlos Drummond de Andrade, “Qualquer música”, de Fernando Pessoa, e encerrou com “Meu amor, minha flor, minha menina”. Entre os projetos futuros do artista, está uma obra e um musical para crianças. A noite terminou com petisco, uma sessão de autógrafos com Zeca Baleiro.

Zeca Baleiro falou sobre a maneira como suas experiências influenciam suas composições

 

资源: Ascom / UFG

类别: Banquete de livros