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UFG, PUC e Município formam parceria para combater a dengue

En 01/03/11 00:57 .
O objetivo é eliminar a transmissão da doença nas áreas internas e limítrofes dos câmpus

Tiago Gebrim

Fotos: Carlos Siqueira



Às 16 horas da tarde de segunda-feira, dia 21/02, o auditório do Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública da UFG (IPTSP/UFG) foi palco de uma “celebração histórica”, nas palavras do reitor da UFG, Edward Madureira Brasil. As duas mais tradicionais universidades de Goiânia, a UFG e a Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-Goiás) se uniram à Secretaria Municipal de Saúde (SMS) em seus esforços para combater a dengue.

A primeira iniciativa na área surgiu há dois anos, uma parceira entre a UFG e a SMS, cujo resultado foi a criação do Grupo Integrado de Ações Contra a Dengue da UFG, que atuou em 2009 e 2010 no Câmpus Samambaia. Agora, com a criação do Comitê Estadual Contra a Dengue, a PUC-Goiás entra como parceira e as ações serão estendidas aos câmpus das duas universidades. Para isso foi preparado um curso especial, o Curso de Capacitação de Técnicos para Prevenção e Controle da Dengue, ministrado em duas partes, a primeira na tarde do dia 21, no próprio auditório do IPTSP, e a outra no dia 22, nos respectivos câmpus.

A mesa diretiva foi composta pelos reitores Edward Madureira Brasil (UFG) e Wolmir Amado (PUC), o coordenador do Grupo Integrado de Ações Contra a Dengue da UFG, professor João Bosco Siqueira, e do secretário Municipal de Saúde, Elias Rassi Neto. Entre os presentes estavam o pró-reitor de Assuntos da Comunidade Universitária, Ernando Melo Filizzola, o coordenador de Assuntos Políticos da Reitoria, Tasso de Sousa Leite, o diretor da Faculdade de Medicina, Vardeli Alves de Moraes, o diretor do Instituto de Ciências Biológicas, Cirano José Ulhôa, a vice-diretora do IPTSP, Flávia Aparecida de Oliveira, o diretor do Hospital das Clínicas, José Garcia Neto, e o coordenador de Transferência de Inovação Tecnológica, João Teodoro Pádua, representando a Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação.

Os componentes da mesa foram unânimes em afirmar que o espaço universitário, onde transitam milhares de pessoas todos os dias, deve ser um ambiente seguro. Os câmpus de ambas as universidades recebem não só pessoas de Goiânia, mas também de cidades vizinhas, o que aumenta a responsabilidade do combate à dengue nesses locais. De acordo com o professor João Bosco, a equipe de cada universidade foi composta mediante indicações das unidades e é composta por servidores e estudantes. Estas equipes terão uma atuação semanal, e uma vez por mês as atividades serão monitoradas pelos agentes da SMS. Além disso, os grupos estarão “associados com outras áreas da universidade. Por exemplo, com a área de Engenharia nós vamos buscar soluções permanentes para os problemas encontrados. Nesse meio tempo nós vamos trabalhar toda a parte de educação com os nossos estudantes.” O professor informou ainda que a SMS irá atuar nas áreas próximas ao câmpus, para garantir que os esforços feitos dentro dos limites das universidades não seja posto em risco por descuidos nas imediações.

Ao tomar a palavra, Elias Rassi Neto reiterou que a SMS está à disposição das universidades e afirmou que esta é uma pequena parte de uma movimentação que deve ser feita na totalidade: a presença das instituições em assuntos de saúde pública. “Queria ver as universidades na Conferência Nacional de Saúde, reclamando, pedindo por melhorias de saúde, indicando opções”, exemplificou ele. Para o reitor da PUC-Goiás, Wolmir Amado, o espaço universitário tem que ser seguro, e, para além disso, essa ação conjunta das duas instituições é um trabalho que pode sensibilizar a comunidade, fazendo com que cada um dos membros repasse este cuidado para suas casas, suas comunidades. Ele também festejou a união das duas universidades e, assim como o reitor da UFG, fez votos para que ela se perpetue em outras atividades.

Para Madureira Brasil, a ação tem caráter educativo, e é apenas uma batalha, dentre muitas que ainda precisarão ocorrer. Ele chamou a atenção para o fato de que “a universidade deve ser o espaço para a execução de políticas públicas, além de já ser um espaço de educação, profissionalização, pesquisa, produção de conhecimento”. Para reforçar esse compromisso, o reitor falou brevemente sobre a participação de UFG, do Instituto Federal de Goiás e da PUC, como sua parceira, nos Centros Regionais de Referência ao Crack, contribuindo para a formação de profissionais para lidar com usuários da droga.

Após a saída da mesa diretiva e início efetivo do primeiro dia de curso, a assessora de Publicidade e Propaganda da Assessoria de Comunicação da UFG, professora Letícia Côrtes, apresentou a campanha publicitária desenvolvida na instituição para o combate à dengue nos últimos dois anos. Em seguida, técnicos da SMS deram prosseguimento ao curso, que no primeiro dia teve caráter teórico. A acadêmica de Enfermagem da UFG, Luana Vasconcelos, está animada com a ampliação do projeto. Participante há um ano, ela afirma que é visível a intensificação das ações em 2011, incluindo a divulgação dentro da universidade. Ela informou que, em 2010, não houve um treinamento com curso, como o de agora, e a atuação do grupo esteve mais restrita às escolas próximas ao Câmpus Samambaia e ações preventivas dentro do câmpus, como localização de focos de reprodução do mosquito, coleta de lixo jogado indevidamente, entre outras. “Nossa expectativa está grande, eu penso que dessa vez o projeto crescerá bastante”, arremata Luana.

A capacitação foi realizada nos dias 21 e 22 de fevereiro, envolvendo etapas teórica e prática.

 


A capacitação foi oferecida a profissionais de saúde nos dias 21 e 22 de fevereiro

Fuente: Ascom/UFG

Categorías: Saúde