UFG e UEG discutem educação inclusiva
Por Tiago Gebrim
A II Feira de Inclusão, Reabilitação, Acessibilidade e Tecnologia/ II Feira da Melhor Idade - Feira Integrar, cedeu, no dia 17 de dezembro, um de seus auditórios para a mesa-redonda Acessibilidade no ensino superior. Organizada por professores da Faculdade de Educação da UFG (FE/UFG) e da Escola Superior de Educação Física e Fisioterapia de Goiás (Eseffego/ Unidade Goiânia/ UEG), a mesa redonda teve por objetivo apresentar ações de ambas universidades e também propor uma discussão sobre o tema.
A mesa foi coordenada pelo professor Robson Corrêa Camargo, da Escola de Música e Artes Cênicas (Emac/UFG), e teve participação dos professores Dulce Barros de Almeida e Ricardo Antônio Teixeira (FE) e Marlene de Fátima Menezes e João Batista Turíbio (Eseffego).
Marlene Menezes e João Batista discutiram as questões de acessibilidade na UEG, primeiramente relacionadas aos problemas das instalações físicas, que não possuem rampas ou elevadores de acesso, dificultando o trânsito de pessoas cadeirantes. Ao falar de educação inclusiva, Marlene chamou a atenção para o fato de que “pertencer ao grupo é um direito, e não um status privilegiado a ser alcançado” e disse que o foco deve estar na compreensão e valorização da diversidade do ser humano.
João Turíbio apresentou o marco em que se extingue a divisão da educação em básica e educação especial e passam a ser contempladas políticas de inclusão. De acordo com ele, aí está o desafio do ensino superior em determinar e atingir suas metas, pois não havia, na época da divisão, uma educação especial para o terceiro grau. Assim, as políticas de inclusão para o ensino superior aparecem sem possuírem um precedente no qual se apoiar. Para ele, o ambiente acadêmico deve perseguir ideais como cooperação, promoção e respeito à igualdade e à diversidade presentes entre os indivíduos. O olhar do professor deve ser modificado, deixando de lado o estereótipo e os padrões de perfeição internalizados.
A professora Dulce de Almeida, juntamente com o professor Ricardo Teixeira, apresentou o Núcleo de Acessibilidade da UFG, criado a partir da instituição do Programa Incluir, um projeto do MEC que visa garantir o total acesso de pessoas portadoras de deficiência às instituições federais de ensino superior.

Na última sexta-feira, a professora Dulce de Almeida apresentou o Núcleo de Acessibilidade da UFG aos participantes da Feira Integrar
O Núcleo de Acessibilidade foi apresentado ao MEC como projeto em 2007 e aprovado/criado em 2008, embora ainda não esteja oficialmente inaugurado, conforme complementa Dulce. As estratégias do Núcleo incidem sobre as barreiras arquitetônicas, comportamentais, pedagógicas e de comunicação. Embora seja um projeto recente, o Núcleo já conta com um espaço físico dedicado e uma equipe definida. Vinculado diretamente à Pró-reitoria de Graduação, o Núcleo de Acessibilidade da UFG tem como principal objetivo a eliminação dos estigmas e preconceitos sociais.
Ricardo Teixeira enumerou algumas das ações já tomadas pelo Núcleo, entre elas a articulação com outros órgãos da universidade para adequação de espaço físico e proposta de reformulação da página eletrônica da instituição para se adequar a deficientes visuais, obtenção e organização de dados sobre estudantes e servidores portadores de deficiência dentro da UFG, integração do projeto com empresas privadas e ONGs, e divulgação do Núcleo em diversos eventos, como foi o caso da Feira Integrar. Além disso, o professor apontou a apresentação de trabalhos científicos e a elaboração de projetos de extensão e pesquisa pelo Núcleo, uma mostra do seu enorme potencial ainda nascente.
Quelle: Ascom/UFG
Kategorien: Acessibilidade
