IX Encontro Goiano dos Estudantes de Direito movimenta Câmpus Cidade de Goiás
O painel de abertura foi um dos momentos de destaque do encontro. Sob a responsabilidade dos professores Alexandre Bernardino da Costa, da Universidade de Brasília, e Carlos Rodrigues Brandão, professor aposentado da Universidade de Uberaba e atualmente professor convidado da Universidade de Campinas, o tema Educação Jurídica: “Humanizar é educar” provocou questionamentos entre os presentes.
O professor Carlos Brandão nasceu no Rio de Janeiro em 1940. É licenciado em Psicologia pela PUC do Rio de Janeiro, mestre em Antropologia Social e doutor em Ciências Sociais. Especialista em antropologia rural e antropologia da religião, culturas populares, educação rural e educação popular. Possui mais de oitenta obras publicadas. Em 2010, recebeu o título de doutor Honoris Causa do Conselho Universitário da UFG.
Sua exposição foi permeada por apontamentos acerca da educação e da antropologia. O professor questionou o porquê de educar e, usando sua “fala de antropólogo”, respondeu que “por que somos seres de aprendizado”. E a partir desta questão teceu emocionante explanação sobre o processo de humanização na educação e como este processo pode ser estendido para o Direito, fechando com os dizeres “sejamos todos quem somos pelo bem que façamos ao mundo”.
Outro momento de destaque do IX EGED foi a mesa-redonda “Educação em Direito para o Campo: a experiência da Turma Especial para Beneficiários/as da Reforma Agrária e Agricultura Tradicional Familiar do Campus Cidade de Goiás”. O momento foi coordenado pela própria turma, conhecida como Turma Especial, e que hoje cursa o 7º período de Direito.
Os alunos da Turma Evandro Lins e Silva, ou simplesmente Turma Especial, apresentaram um histórico sobre educação do campo no Brasil. Em seguida fizeram um retrospecto sobre a implantação desta turma no Câmpus Cidade de Goiás, ressaltando as dificuldades que enfrentaram, e ainda enfrentam, mas, acima disto, a importância da existência desta turma em uma universidade pública.
Para a aluna Francisca Deusália Afonso, que veio do Ceará para cursar Direito na cidade de Goiás, a turma da qual faz parte “ainda é uma especificidade, mas é uma abertura para outras categorias se organizarem”. Acerca do tema do encontro, ela acredita que “esta humanização só tem sentido se for democrática e crítica”.
O estudante Max Rodrigo Siqueira Barbosa, do 4º período do curso de Direito, acredita que discutir humanização do Direito ainda no espaço acadêmico “consiste em acreditar que o estudo jurídico pode atender além do que está posto” e “em um contexto social pensar em humanização desde cedo é importante, pois o estudante de hoje é o jurista de amanhã e este interferirá de forma eminente na vida das pessoas”.
O IX Encontro Goiano dos Estudantes de Direito contou ainda com a participação de diversos estudantes de outras instituições de ensino, além da presença de juízes e professores da área jurídica.
Geandra Avelar
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Source: Câmpus Cidade de Goiás
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