Cepae promove minicurso para discutir educação inclusiva

Gilmara Roberto

Na última terça-feira, 16/11, o Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada à Educação (Cepae) recebeu a professora Zenita Cunha Guenther para tratar o tema da educação inclusiva de crianças com altas habilidades. A professora ministrou minicurso destinado a profissionais da rede pública de ensino com o intuito de capacitar profissionais da educação para lidar com crianças superdotadas ou com altas habilidades, como os estudiosos consideram mais adequado nomear.

O professor do Cepae, Wanderley Alves dos Santos informou que “numa escola com 500 alunos, cerca de 30 possuem altas habilidades”. O professor destacou a importância de formar os professores da educação básica para identificar e encaminhar as crianças com alta capacidade cognitiva. “O professor, mais que o psicólogo ou qualquer outro profissional, é capaz de identificar crianças com o cognitivo acima da média por meio da observação diária e direta”, destacou o professor.

Wanderley Santos lembrou ainda que é importante que se acompanhe e incentive uma criança com alta habilidade para que seu talento não se perca. Segundo ele, os professores podem estimular esses estudantes indicando atividades extraclasse e culturais, e mesmo por meio da aceleração do aluno, passando-o para séries seguintes (embora esse seja um método indicado apenas em alguns casos, pois a criança pode ter alta habilidade apenas em algumas matérias do currículo escolar).

A não-inclusão do estudante com alta habilidade, segundo Wanderley Santos, pode fazer da criança um adulto sub-realizado, pois ele pode acabar não desenvolvendo suas habilidades ou ainda escondendo seu talento para ser aceito entre os colegas de classe. “O aluno não caminha sozinho. Ele precisa da orientação do professor para que seu talento não se perca ou mesmo não se desvie para um mau caminho”, ressaltou o professor.