Lançamento de livros movimenta o XIX Simpósio de Estudos e Pesquisas

A Faculdade de Educação e o Centro Editorial e Gráfico (Cegraf) da UFG realizaram, na tarde da última terça-feira (9/11), lançamento de dez livros, vários de autoria de professores da UFG. O evento foi parte da programação do XIX Simpósio de Estudos e Pesquisas, da Faculdade de Educação, que continua até o dia 13 de novembro. Além dos lançamentos, houve divulgação de alguns livros já lançados durante o evento.

A diretora do Cegraf, Maria das Graças Monteiro Castro, apresentou o primeiro lançamento da tarde: A criação literária em Lygia Bojunga: leitura e escrita, de Eliane Gabriel Aires. O livro faz uma análise da escritora de literatura infantil, Lygia Bojunga Nunes, e orienta os professores a se distanciarem da funcionalidade que a literatura tem na escola. “Precisamos formar leitores de literatura no país e não leitores didáticos”, ressaltou Maria das Graças Castro. O segundo livro lançado foi o de Marilene Proença Rebello, Ouvindo crianças na escola: abordagens qualitativas e desafios metodológicos para a Psicologia. Ela explicou que o livro  é uma coletânea de vários trabalhos de pesquisadores que ouviram as crianças durante seus processos de pesquisa. “Assim pudemos saber como pensa a criança, como ela vê o mundo” explicou. Para Marilene Rebello, os estudos contidos no livro foram resultado do desafio de usar a psicologia para se aproximar das crianças e conhecer o universo infantil.

O terceiro lançamento a ser apresentado foi o livro Excluindo sem saber, de José Geraldo Bueno. Segundo ele, a obra é resultado de trabalhos que analisaram duas escolas e evidenciaram o processo de exclusão de alunos que permanecem na escola e pouco aprendem. O quarto lançamento da tarde foi o livro de autoria de Juliana de Castro Chaves e Anita Azevedo Resende: Psicologia social: crítica socialmente orientada, resultado de um projeto de dois anos, que pretende contribuir para a discussão da psicologia social, tendo como base a teoria crítica da Escola de Frankfurt.

O quinto livro lançado, de Luiz Gustavo Alexandre da Silva, Os processos de dominação na escola pública, foi apresentado pela professora Geovana Reis. Ela destacou que o livro ajuda a entender as dificuldades que temos em fazer transformações na escola e o quanto é poderosa a força da cultura local. “A obra traz um conjunto de reflexões acerca do porquê as propostas nessa área não saem do papel”, explicou Geovana Reis. O sexto lançamento foi do professor Ildeu Moreira Coêlho, Educação, cultura e formação: o olhar da filosofia. O autor explicou que procurou fazer uma reflexão sob o olhar da filosofia sobre a relação entre educação, cultura e formação. “Não trazemos nenhuma solução. Isso seria desrespeito com o leitor. Eles é que devem pensar junto conosco”, ressaltou. O sétimo livro apresentado foi de Newton Duarte, Arte, conhecimento e paixão na formação humana, uma análise crítica da agenda pós-moderna e do ceticismo contemporâneo.

A oitava obra lançada, de Valter Soares Guimarães, Formação e profissão docente, buscou trazer para a comunidade o que vem sendo estudado sobre a profissão de professor e contribuir para a discussão. O nono livro da tarde,  de Jocyléia Santana dos Santos, Maurides Macêdo, Olga Cabrea e Orlinda Carrijo de Melo, Instituições educativas: histórias (reconstruídas), contextualiza a trajetória das instituições educativas no Brasil, mostrando que o sentido da história não termina na escola, mas na sociedade. O décimo livro é organizado por Maria Aparecida Viggiane Bicudo, Filosofia da educação matemática: fenomenologia, concepções e possibilidades didático-pedagógicas, que procura abordar a relação da fala e da escrita na aprendizagem de Matemática nas escolas e romper com o olhar hierarquizado das aulas dessa disciplina.