IPTSP realiza a I Semana de Biotecnologia
Flávia Gomes
Ao som de voz e violão do cantor Henrique de Oliveira começou o VIII Seminário de Patologia Tropical e Saúde Pública e I Semana de Biotecnologia promovida pelo Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (IPTSP) da UFG. Presente na cêrimonia de abertura, o reitor da UFG, Edward Madureira Brasil, destacou a importância o IPTSP tanto para a UFG como para a sociedade, no desenvolvimento de pesquisas e para formação de centenas de alunos, já que diversos cursos têm aulas no instituto. Mesas-redondas, conferências e apresentações orais de pesquisas desenvolvidas no programa de pós-graduação em Medicina Tropical e Saúde Pública do IPTSP compõem a programação científica do evento que começou na manhã de hoje (21/10) e se estende até amanhã.
O professor Fernando Araripe Gonçalves Torres da Universidade de Brasília (UnB) realizou a conferência de abertura do Seminário. Com o tema Biotecnologia: presente e futuro, ele buscou apresentar aos alunos do curso de Biotecnologia da UFG o quão promissora é a área em que eles ingressaram. Segundo o professor, há uma carência de profissionais com esta especialização para atuar no mercado de trabalho. Durante sua fala, o professor esclareceu pontos importantes como perspectivas, atuação e perfil dos ingressantes, áreas e o cenário da área, que, segundo o professor, assumirá posição de liderança entre os setores industriais mais importantes do planeta, antes da metade do século XXI.
De acordo com Torres, há diversas áreas de atuação para o profissional de Biotecnologia. As necessidades do mundo moderno e carência de profissonais são exemplos de incentivo para quem começa a entrar nesse ramo. Ele explica que há quatro divisões na biotecnologia capazes de direcionar profissionais para diferentes necessidades: a vermelha, direcionada para a área da saúde, a verde, atendendo as necessidades agropecuárias, a branca, respondendo ao mercado industrial, e, por último, a azul para a agricultura. Diversos produtos já utlizados são resultados da biotecnologia como polímeros, produção de vitaminas, vacinas, enzimas para a indústria têxtil, controle de pragas, testes genéticos, além dos biocombustíveis. Ele afirma que inúmeros são os empregos desse setor.

Para o professor Fernado Torres é importante que o aluno tenha a preocupação da aplicabilidade de suas ideias no mercado. Dessa forma, a biotecnologia deve ter a função de gerar, desenvolver e transformar o produto de maneira racionalizada gerando produtos, processos ou serviços comercializáveis.
Segundo o coordenador do curso de Biotecnologia do IPTSP, Geraldo Sadoyama Leal, o curso será direcionado para biotecnologia vermelha, já que há grandes referências na instituição como em pesquisas com fármacos e diagnóstico de patologias. Mas ele afirma que o curso foi pensado de forma que possibilite a flexibilidade no currículo, podendo formar profissionais capacitados da área de biotecnologia de diferentes vertentes de acordo com as necessidades do mercado.
资源: Ascom/UFG
