UFG promove oficina sobre o processo de avaliação dos cursos de graduação
Flávia Gomes
Como é feito o processo de avaliação de instituições de ensino superior? Quais são as consequências e importância dos resultados? Essas e outras questões foram discutidas na III Oficina de Avaliação dos cursos e suas repercussões no ensino da graduação, evento essse parte da programação do VII Conpeex. Diretores de unidades acadêmicas, coordenadores de curso e técnicos administrativos da UFG se reuniram nesta quarta-feira (20/10), no auditório do Instituto de Matemática e Estastítica (IME), com a diretora de avaliação da educação superior do Inep, Cláudia Griboski. O objetivo era esclarecer e desenvolver a discussão sobre avaliação, entre os envolvidos nos cursos de graduação, feita pelo Ministério da Educação.
De acordo com Cláudia Griboski, a questão da avaliação que geralmente causa receio entre os avaliados deve fazer parte da rotina da universidade. Ela acrescentou que a avaliação tem papel importante na orientação da instituição, do Estado, dos estudantes e da sociedade como um todo. Nesse sentido, a diretora explica que é fundamental para o desenvolvimento de políticas públicas, identificação das fragilidades das instituições para correções, orientação para estudantes e transparência para a sociedade - a respeito dos conceitos obtidos pelas instituições de ensino superior.
Um dos principais pontos dicutidos na oficina foi o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes) que é formado por três componentes principais: avaliação das instituições, dos cursos e do desempenho dos estudantes. É a partir dele que é possível traçar um panorama da qualidade dos cursos e instituições de educação superior no país. Cláudia Griboski acrescenta que um dos pricipais desafios do Inep é avaliar o alto número de cursos existentes no país. De acordo com os dados apresentados, há 2.253 instituições de ensino superior e 24.719 cursos de graduação no Brasil.
Durante a oficina, Cláudia explicou as diferenças e como ocorre cada instância do processo avaliativo: como funciona a regulação, a supervisão e a avaliação da instituição. Ela explica que os Sinaes possuem dimensões que orientam a avaliação, como a missão, a responsabilidade e o planejamento social, a infraestrutura, e outras dimensões. E para o processo ocorrer de forma completa, Cláudia afirma que “a instituição deve estar organizada o ano todo para mostrar ao avaliador”. Os cursos são avaliados em três dimensões: perfil do docente, instalação física e organização. A diretora destaca que a participação do aluno no Enade é essencial no processo para assegurar a qualidade da educação superior.
Enade
Segundo Cláudia Griboski, a falta de compromisso com o Enade e o expressivo número de estudantes em situação irregular comprometem o processo avaliativo do curso e da instituição como um todo. Ela destaca que é importante que os alunos sejam sensibilizados para participarem do exame. Para a pró-reitora de Graduação, Sandramara Matias Chaves, os coordenadores de curso devem despertar e preparar o estudante para o Enade de forma que eles tenham compromisso com o exame, percebendo o impacto que os resultados trarão para a instituição no qual ele se graduou.
Pró-reitora Sandramara Matias discute com professores, diretores, coordenadores e técnicos administrativos o processo de avaliação dos cursos de graduação.
资源: Ascom/UFG
