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Políticas de formação de professores em pauta no Conpeex

在 25/11/10 01:13 上。
Especialistas apresentam programas de fomento para cursos de licenciatura e debatem as deficiências da educação básica

Tiago Gebrim

 

A mesa-redonda da área de licenciatura, intitulada A política nacional de formação de professores: limites e avanços, ocorreu às 14h do dia 19 de outubro, no salão principal do Centro de Cultura e Eventos da UFG. A mesa foi coordenada pela pró-reitora de Graduação da universidade, Sandramara Matias Chaves, com  a participação de dois convidados: Carmem Moreira de Castro Neves, da Diretoria de Educação Básica Presencial da Capes (DEB/Capes), e o professor Eduardo Terrazzan, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).


Carmem de Castro  discutiu as contribuições da Capes para o desenvolvimento da formação de professores de educação básica no Brasil. Durante toda a apresentação, ela frisou que o tema é complexo, abrangente, e que necessita de um diálogo permanente, e que a Capes está atenta e aberta a essa interação. Inicialmente, Carmem de Castro mostrou os resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), de acordo com os quais, no ensino médio público brasileiro, a nota máxima  atingida foi de 4,9 e em apenas dois estados brasileiros.


Após fazer um breve histórico da Capes, desde sua criação em 1951, Carmem de Castro informou que a instituição voltou os olhos para a educação básica em 2007, e desde então vem desenvolvendo programas para a formação de professores no ensino superior. Entre outros fatores, ela sinalizou que falar em qualidade da educação envolve enfocar o desenvolvimento da criatividade do aluno (tradicionalmente abafado pela cultura padronizadora das escolas), a valorização dos profissionais e o investimento em tecnologia.


São muitos os programas da Capes direcionados à formação dos profissionais de licenciatura. A palestrante destacou o Programa institucional de bolsa de iniciação à docência (Pibid) e o Programa de consolidação de licenciaturas (Prodocência), com os quais ocorreu uma queda na evasão e um aumento da procura pelos cursos superiores de licenciatura.


Falta motivação

Eduardo Terrazzon, da UFSM, centrou sua fala nas diretrizes da educação no Brasil e os vários problemas existentes, vários relacionados à motivação profissional. De acordo com ele, um grande problema da escola brasileira é que sua meta é sempre preparar o estudante para o nível seguinte, dificilmente se percebe uma gratificação no presente, o bônus virá sempre depois. Esse modelo não motiva o aluno a prosseguir, e explica a alta taxa de evasão no ensino médio público. O acesso às escolas públicas já é realidade, mas falta aos estudantes interesse em prosseguir com os estudos.


Terrazzon opinou que os programas de pós-graduação em educação devem desenvolver uma articulação com a escola, como um conjunto inteiro, e não apenas com o professor de forma individual. Ainda sobre essa integração, disse que o ideal seria que o profissional trabalhasse em uma única escola, dedicando-se integralmente a ela, mas para isso falta uma visão estratégica profissional (que vem desde a graduação) e salários decentes.

资源: Ascom/UFG

类别: VII Conpeex