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Plano Nacional 2011-2020 é discutido durante o congresso

Sur 25/11/10 01:20.
Francisco Barreto, presidente da comissão elaboradora do Plano, participou da programação do Conpeex

 Angélica Queiroz

 

A Portaria n. 36 da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) instituiu uma Comissão Nacional, composta de 17 integrantes de instituições e órgãos de ensino de todo o país, para elaborar o Plano Nacional de Pós-Graduação (PNPG), relativo ao período 2011-2020. O presidente da comissão, Francisco César de Sá Barreto, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), participou do Conpeex na tarde de hoje (19/10). Ele proferiu uma palestra no Centro de Cultura e Eventos da UFG, sobre o PNPG.


Coordenou a palestra a pró-reitora de Pesquisa e Pós-graduação da UFG, Divina das Dôres de Paula Cardoso. Ela falou sobre as expectativas para o plano que definiu como uma diretriz para o crescimento nacional. “Esperamos com muita esperança que este plano seja realmente implementado a partir do próximo ano”, ressaltou a pró-reitora. O presidente da comissão apresentou a estrutura e a história de construção do plano, que, pela primeira vez, será decenal (os cinco anteriores foram quinquenais) e integrará o Plano Nacional de Educação. Composto de doze capítulos, além de servir como orientação para políticas do Ministério da Educação durante seu período de vigência, o plano deverá ser um dos estudos mais abrangentes realizados sobre esse nível de ensino no país.

 


O professor da UFMG explicou os principais conceitos, diretrizes, eixos e desdobramentos do plano. Entre os vários pontos abordados, Francisco Barreto destacou uma mudança na avaliação do sistema de pós-graduação. “Há características novas no sistema e por isso será apresentada à Capes a necessidade de atender a tais demandas, porém, mantendo o binômio avaliação/financiamento”, explicou o professor. Uma das novidades é a interdisciplinaridade dos programas. Para o presidente da comissão, o PNPG deve considerar e incentivar estudos que envolvam várias áreas do conhecimento.


Francisco Barreto também destacou a importância da internacionalização da produção científica do Brasil. “Analisando os dados vê-se, claramente, que falta ao Brasil divulgar sua produção científica: o país possui volume de publicação, mas é como se fizesse para si mesmo”, criticou. Além da publicação, o presidente da comissão do PNPG acredita que são necessárias políticas institucionais das universidades e do governo para internacionalizar a produção, do ponto de vista científico.


Durante a palestra, mapas dividindo as regiões no Brasil mostraram a assimetria de cursos de pós-graduação entre as regiões do Brasil. “Estudos como este podem auxiliar os governos a diagnosticar o problema para tentar solucioná-lo”, explicou. Francisco Barreto também deu destaque a dados da Capes sobre trabalho e estudo. De acordo com a Capes, há, atualmente, 170.586 alunos matriculados na pós-graduação no Brasil (mestrado e doutorado). De acordo com a pesquisa de 2005, a maioria dos jovens a partir dos 19 anos apenas trabalha. A parcela que continua a estudar, especialmente a que vai cursar graduação e pós-graduação, não ultrapassa 2% dessa população. O tema será abordado, de acordo com o professor, em seção a ser acrescentada ao PNPG.

 

Source: Ascom/ UFG

Catégories: Pós-Graduação