UFG realiza o II Encontro sobre PEC-G e PEC-PG

Em 25/11/10 02:05.
Durante o VII Conpeex o encontro discutiu acerca do programa apresentando objetivos e realizações de diferentes gestões

Flávia Cristina

Estreitar laços com nações amigas, cooperar na formação de recursos humanos e divulgar os recursos brasileiros na capacitação de quadros em países em desenvolvimento são exemplos dos objetivos do Programa de Estudantes-Convênio de Graduação (PEC-G), discutido no VII Congresso de Pesquisa, Ensino e Extensão (Conpeex) da UFG nesta segunda-feira (18/10).

Este foi o segundo encontro do programa realizado na UFG. Os debates reuniram representantes da Secretaria de Educação Superior (SESu), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e  Tecnológico (CNPq), da Divisão de Temas Educacionais vinculado ao Ministério de Relações Exteriores (MRE), e da UFG, apresentando os respectivos papeis das instituições da qual participam, dentro do PEC-G e PEC-PG.

Criado em 1964, e desenvolvido pelos Ministérios das Relações Exteriores e da Educação, em parceria com universidades públicas - federais e estaduais - e particulares, o PEC-G seleciona estrangeiros, entre 18 e 25 anos, com ensino médio completo, para realizar estudos de graduação no país. Os acordos preveem o retorno do estudante ao país de origem, de forma que eles contribuam com a área na qual se formaram. De acordo com o representante da SESu/Mec, Hilton Sales Batista, as regiões mais procuradas pelos estrangeiros são Sudeste, seguidas pelo Sul e Nordeste. Ele destaca que as vagas oferecidas não são retiradas do vestibular.

Segundo Paulo Cesar Siqueira, do CNPq, 28 nacionalidades já foram contempladas pelo conselho. Ele destaca que ampliar o interesse cultural em outros países em desenvolvimento está dentre os objetivos do CNPq em participar do programa. Requisitos e benefícios para os selecionados do CNPq foram apresentados no encontro.

Vagas não preenchidas

Nos últimos dez anos, estudantes da América Latina e Caribe foram os mais selecionados de acordo com os dados apresentados por Beatriz Corrêa Meyer Sant'anna do Ministério de Relações Exteriores. Dos 1.439 estudantes selecionados, 75,6% eram da região. Beatriz destacou ainda que 32 países encaminharam candidatura para participar do PEC-G em 2011. Apesar do número de solicitações, a representante do MRE destacou que é baixo o número de candidatos para o númeo de vagas oferecidas para estrangeiros no país. Ela afirma que a falta de visibilidade no exterior, custo de vida elevado, e a documentação para inscrição pode estar entre as justificativas. "Em muitos países por exemplo, não há registro de nascimento, o que dificulta o processo de candidatura dos estudantes”, afirmou Beatriz. Do total de 2.568 vagas para 2011, são 684 candidatos.

De acordo com o professor da Escola de Engenharia Elétrica e Civil (EEEC) da UFG, Getúlio A. de Deus Junior, muitas vagas para o curso de Engenharia não são preenchidas. Ele afirma que 79% delas ficam ociosas. Segundo ele, na UFG em 2010 foram oferecidas 92 vagas, e apenas 4,3% delas foram preenchidas.

Fonte: Ascom/UFG