Parceria entre UFG e Fundação Jaime Câmara promove mutirão de atendimento oftalmológico

Aproximadamente 10% dos estudantes do ensino básico apresentam algum tipo de comprometimento da visão que dificulta o aprendizado em sala de aula. Com base nesse índice, a Fundação Jaime Câmara desenvolve há 15 anos o projeto Boa Visão, que oferece um diagnóstico completo aos estudantes goianienses em parceria com a Secretaria Municipal de Educação.

Em 2010, pela primeira vez, o Centro de Referência em Oftalmologia (Cerof) da Universidade Federal de Goiás foi contratado para participar deste projeto que atenderá a cerca de 141 mil estudantes da rede municipal de ensino. Parte deste atendimento ocorreu no último dia 25 (sábado), quando foi realizado um mutirão para atender a 1.200 crianças. O atendimento consistiu na realização de diagnósticos que, conforme o caso, serão encaminhados para exames, novas consultas ou cirurgias pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Como explicou o supervisor do projeto, José Augusto, geralmente os atendimentos são realizados, no decorrer do ano, por uma equipe de profissionais que vão até as escolas em uma unidade móvel disponibilizada pela Fundação Jaime Câmara. Em virtude do atraso do início das atividades em 2010, foram programados mutirões para que as crianças sejam atendidas, mediante pré-agendamento, na sede do Cerof. “Foi concedida a cada escola um número de consultas agendadas por hora marcada”, informou José Augusto. Após o diagnóstico, as crianças puderam elas mesmas escolher o modelo de óculos que usarão.

O atendimento das crianças durante o mutirão seguiu um horário marcado

Mutirão – Uma das diversas mães que acompanhavam seus filhos nas consultas, a professora Maria Aparecida Francisca dos Santos e Silva, avaliou muito bem a organização do projeto. Ela levou suas duas filhas Talita Evenyn de Oliveira, de 7 anos, e Laís Evenyn, de 10 anos. Apesar de se sentir incomodada  com as pupilas dilatadas, Talita Evenyn ficou contente em poder escolher o modelo do óculos que passará a usar. “A Talita vai precisar usar óculos. A visão da Laís está muito bem, mas ela ainda precisa se consultar com outros médicos para descobrirmos porque ela sente dores de cabeça. Esse projeto é muito bom porque muitos pais não têm condições de levar seus filhos a uma consulta com o oftalmologista”, declarou a mãe das garotas.

Estiveram presentes o diretor do Cerof, Marcos Ávila, o diretor da Faculdade de Medicina, Vardeli Alves de Moraes, o reitor da UFG, Edward Madureira Brasil, o presidente da Organização Jaime Câmara, Jaime Câmara Júnior, a diretora executiva da Fundação Jaime Câmara, Maria Alice Roriz Câmara, e a secretária municipal de Educação, Márcia Carvalho.

Representantes da UFG e da Fundação Jaime Câmara avaliam a possibilidades de outras parcerias na área da saúde

Para o reitor Edward Madureira Brasil, a participação do Cerof neste projeto pode levar a outras futuras parcerias para implementar outras ações na área da saúde que aproveitem os recursos que a UFG possui. “Parcerias desse tipo são muito bem-vindas porque leva a universidade a estar cada vez mais próxima do dia-adia da sociedade”, declarou o reitor. De acordo com a secretária municipal de Educação, Márcia Carvalho, esse é um projeto que alia o educar e o cuidar. “ Entendemos que este projeto é educacional e social e trabalhamos sempre para que o aluno aprenda mais e melhor”, concluiu Márcia Carvalho.

Maria Alice Roriz Câmara afirmou ser um momento muito importante do projeto e elogiou toda a equipe e a infraestrutura do Cerof. Ela ainda anunciou que futuramente dará início a um projeto de incentivo à doação de órgãos no estado.

No dia do seu aniversário, Jaime Câmara Júnior se emocionou ao receber das mão do diretor do Cerof, Marcos Ávila, prontuários de atendimento do mutirão do projeto Boa Visão

Atendimento de referência – Cerca de 80 pessoas, entre médicos residentes, professores e estudantes de Medicina, estiveram envolvidos no trabalho de atendimento às crianças. Até o final do ano outros dois mutirões estão marcados para ocorrer nos dias 23 de outubro e 6 de novembro, com previsão de atendimento a mais de 2.400 crianças.

Maria Aparecida Francisca S. Silva e suas filhas Talita e Lais que receberam atendimento oftalmológico