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Terceiro módulo do curso Gestão Solidária da Atenção Hospitalar é realizado

Em 14/09/10 22:33.
Superintendente do Hospital Sírio-Libanês de São Paulo, Gonzalo Vecina Neto, ministrou palestra no primeiro dia do encontro

O médico e superintendente do Hospital Sírio-Libanês de São Paulo, Gonzalo Vecina Neto, foi o convidado especial do primeiro dia do módulo de encerramento do curso de extensão Gestão Solidária da Atenção Hospitalar, realizado em Corumbá (Goiás). Para uma plateia composta por médicos, secretários, diretores de hospitais e outros profissionais do setor da saúde, todos discentes do curso, o palestrante disse que o maior desafio dos gestores de unidades médicas é construir um planejamento condizente com a realidade social, demográfica, econômica e epidemiológica da região onde vivem.

Relembrando sua experiência ao longo de 30 anos na gestão de órgãos públicos e privados, Gonzalo ressaltou que a região do Entorno do Distrito Federal possui peculiaridades históricas que dificultaram a implantação de um modelo de gestão eficiente: “Historicamente, ninguém olhou para o Entorno: nem Goiás, nem Minas e nem o próprio Distrito Federal. E, quando se tenta reestruturar os recursos que essa área recebe de cada estado, sempre há resistências”, afirmou. Ainda segundo o gestor, “é necessário construir um modelo integrado que passe por cima do clientelismo político”, completou.

 

Durante a apresentação oral, foram listados alguns itens considerados indispensáveis para tal integração dos serviços de saúde, a exemplo da criação de equipes multidisciplinares de trabalho, investimento contínuo na capacitação de recursos humanos, estabelecimento de marcos jurídicos e regulatórios claros e  parcerias com outros setores do mercado que contribuam para a saúde financeira das unidades. “A ideia é padronizar tudo, mas deixar flexibilidade suficiente para atender a diferentes necessidades, sem romper as regras de segurança”, afirmou o palestrante.

No entanto, de acordo com Gonzalo, colocar em prática esse planejamento implica altos custos, o que nem sempre é prioridade na folha orçamentária dos governos estaduais e municipais. “Em 2009, o governo dividiu apenas 167 bilhões de reais entre os mais de 150 milhões de brasileiros usuários do SUS e investiu apenas 64 bilhões em assistência médica supletiva. Isso é insuficiente”, diz. E arrematou, ao apontar uma alternativa: “É preciso mais dinheiro para a saúde. E eu gostaria que esses recursos viessem de um imposto específico”.

Extensão - A palestra do superintendente do Hospital Sírio-Libanês é parte da programação do primeiro dia do módulo de encerramento do curso de extensão Gestão Solidária da Atenção Hospitalar. Divididos em grupos, os participantes também se reuniram com os respectivos tutores para uma nova leitura da versão preliminar de um documento destinado a autoridades da área. Seis prefeitos e mais de 10 secretários municipais de saúde já confirmaram presença na plenária, além de representantes das Secretarias Estaduais de Goiás e do Distrito Federal.

O curso é promovido pela Região Integrada de Desenvolvimento do Entorno do Distrito Federal (Ride/DF), com financiamento do Ministério da Saúde e apoio de parceiros como o Núcleo de Saúde Coletiva do Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (Nesc/IPTSP/UFG), o Núcleo de Estudos de Saúde Pública da Universidade de Brasília (Nesp/UnB), a Secretaria da Saúde do Estado de Goiás e a Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs). Ao todo, cerca de 95 pessoas participam das atividades.

Fonte: Assessoria de Comunicação do IPTSP/ UFG

Categorias: Extensão

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