Acadêmicos a serviço da comunidade

In 25/08/10 07:08 .
Estudantes da área da saúde promovem evento que integra universidade e comunidade, levando informação e orientações para o cuidado com a saúde

No terceiro sábado (21) de agosto, estudantes da áreas da saúde promoveram o IX Encontro das Ligas Acadêmicas de Medicina (ELA) e a VIII Ação Integradora dos Acadêmicos da Área da Saúde. O evento intitulado “Ação pela saúde: promoção e prevenção” levou uma série de serviços à comunidade com o intuito de prevenir e orientar sobre cuidados com o corpo, a mente e a saúde. O evento foi realizado na unidade do Serviço Social do Comércio (Sesc) do setor Faiçalville e contou com o envolvimento de 800 estudantes voluntários que se revesaram no atendimento à comunidade, das 9h às 18h.

As ligas acadêmicas reúnem estudantes da área da saúde e são dedicadas cada uma a uma especialidade médica. Durante o ELA as ligas montaram seus estandes e ofereceram à comunidade diversos serviços que vão desde a triagem sanguínea à meditação.

Dentre os estandes mais procurados esteve o da Liga Acadêmica de Diabetes. Os estudantes ofereceram exame de triagem de diabetes e tireoideopatias que tinha resultado instantâneo. Elza Deodato da Silva Santana aferiu pressão, passou pela triagem de diabetes e conta que um evento como esse “é uma maneira de nós estarmos por dentro das orientações sobre essas doenças”.

Buscando levar esclarecimentos e orientação sobre a doação de órgãos, a Liga de Transplantes tratou principalmente da questão da morte cefálica. Ricardo Araújo Meira Almeida é estudante do terceiro ano de medicina e explicou que “a nossa intenção é desvendar mitos, principalmente, diferenciando o estado de coma da morte cefálica”. Ricardo Almeida esclareceu que com a morte cefálica o corpo só sobrevive por conta dos aparelhos que mantem os órgãos vitais em estado de funcionamento, diferente do que acontece no estado de coma, quando o cérebro ainda desempenha atividades. Segundo o estudante, esse tipo de esclarecimento é importante para quebrar barreiras e promover a doação de órgãos. Gleison José de Medeiros visitou o estande da Liga de Transplantes e considera ainda que o que falta para uma popularização da doação de órgãos é o empenho e a capacitação de profissionais da saúde em instruir as famílias e mesmo promover a captação dos órgãos.

O evento teve ainda a participação da Associação dos Portadores de Câncer de Mama (Apcam). A associação tem sede no Hospital das Clínicas (HC) e serve como órgão de apoio às portadoras de câncer de mama em tratamento. “Nós levamos apoio psicológico e conseguimos também doações para pessoas mais carentes”, explicou Maria Aparecida Pinto de Lima, presidente da associação e ex-portadora de câncer de mama. A Apcam auxilia ainda dando suporte psicológico por meio do atendimento clínico e mesmo pelo ensino do artesanato que funciona como terapia para mulheres em tratamento.

A integração
Flávia Vidal Cabero é estudante do terceiro ano de medicina e participou da organização do evento. Ela explicou que para a escolha das ligas participantes os estudantes tiveram que cadastrar seus projetos, ressaltando o tipo de trabalho que iriam desenvolver para a comunidade. Flávia Cabero destacou a importância de um evento como esse para a formação do estudante e para sua integração com a comunidade que ganha os serviços.

Ricardo Almeida da Liga de Transplantes destacou que o evento é muito importante para a formação do acadêmico de medicina porque ele é levado a estudar conteúdos que ele não necessariamente vê em sua graduação. Além disso, o estudante ressaltou que “esse é o momento de compartilharmo o conhecimento com a população. É uma forma de darmos o retorno por estudarmos numa universidade pública”.

A realização
O professor da Faculdade de Medicina Sandro Rodrigues Batista destacou o trabalho dos estudantes que foram os responsáveis pela organização do evento. Normalmente, os responsáveis pela realização do ELA são os estudantes do terceiro ano de medicina. Essa, que foi a nona edição do encontro, foi organizada pelos estudantes da turma 56 e contou com a participação de 32 ligas. Além de estudantes de medicina, as ligas são compostas por estudantes de outras áreas da saúde, como fisioterapia e enfermagem. O evento integrou ainda estudantes da Universidade Estadual de Goiás e da Pontifícia Universidade Católica de Goiás.

 

Fonte: Ascom/UFG

Categorie: Ligas Acadêmicas da Medicina