O artista Alex Hornest já está na UFG para a montagem da exposição Animais de Concreto

O artista Alex Hornest iniciou na sexta-feira (13/8) seus trabalhos para a exposição Animais de Concreto, que será aberta na próxima terça-feira (17/8), na Galeria da Faculdade de Artes Visuais (FAV).

O trabalho fará uma analogia entre o cárcere e a liberdade. O artista apresentará animais africanos pintados em liberdade no habitat natural, em pinturas com grafitti que serão espalhadas pelo Câmpus Samambaia. Dentro da galeria, Alex Hornest mostrará as esculturas de animais aprisionados em jaulas e caixas. A ideia é representar as diferenças de comportamento nessas duas situações distintas e levar, de modo subjetivo, o espectador a refletir sobre a liberdade. “As próprias pessoas se julgam livres, mas muitas vivem sempre dentro de ‘caixinhas’, aprisionadas em suas próprias rotinas”, destacou o artista.

Os materiais utilizados para a confecção das obras de Alex Hornest frequentemente são coletados no entorno do local onde é realizada a exposição. A ideia surgiu com base em observações realizadas na cidade de São Paulo -  onde o artista vive - de pessoas que constroem suas casas com material do dia-a-dia. “Pensei em transformar objetos aparentemente sem valor em arte. É legal porque não há a necessidade de carregar material de uma exposição para a outra”, explicou Alex Hornest.

Em oficina os estudantes da FAV ajudarão o artista na montagem da exposição. “O meu jeito de dar oficina é assim: a gente vai conversando, trocando experiência e informações. Gosto dessa troca. Conforme a gente começar a executar as obras eu tenho certeza de que também vou aprender muito com eles”, ressaltou. Na manhã de hoje, Alex Hornest e os estudantes recolheram material pelo câmpus e arredores, principalmente num depósito do Centro de Gestão do Espaço Físico da UFG (Cegef). “Se faltar algum material será fácil porque a UFG está com várias obras em andamento”, lembrou.

O artista contou ainda que está entusiasmado porque a produção desse trabalho é encarada por ele como lazer. “De repente eu me vejo trabalhando com coisas que eu gostava de fazer quando criança”, finalizou.