Ciar apresenta Microscópio simulado em realidade virtual aumentada
Por Flávia Gomes
O Centro de Integração de Aprendizagem em Rede (Ciar), em parceria com o Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UFG, lançou no dia 4 de agosto, o Microscópio simulado em realidade virtual aumentada (Mira). O aparelho tem como finalidade fornecer aos estudantes de Educação a Distância (EaD) conhecimentos que antes seriam viáveis apenas presencialmente em um laboratório. Dessa forma, o Mira fornecerá novas possibilidades para os estudantes de EaD. Isso significa que o estudante com acesso ao microscópio simulado poderá conhecer o funcionamento de um aparelho real, mesmo que virtualmente, e realizar a leitura de lâminas, por meio de um banco de dados contido no software.
De acordo com o coordenador de produção multimídia do Ciar, Wagner Bandeira, o microscópio simulado não tem a intenção de substituir um aparelho real, mas sim de auxiliar o estudante a continuar os estudos com qualidade, mesmo que não possua recursos e tempo para estar em um laboratório. Ele destaca que a equipe de desenvolvimento do Mira teve a preocupação de criar formas para que o conteúdo fosse aproveitado tanto pelo usuário iniciante como pelos mais avançados. “Tivemos o cuidado de refletir como o aluno iria receber esse conteúdo e de que forma poderíamos estimulá-los a estudar. Tudo foi pensado, desde a qualidade das lâminas até a forma em que os comandos e descrição do material seriam apresentados”.
Apesar de o Ciar não ser pioneiro no desenvolvimento de microscópios simulados, a criação do Mira dá passos largos para quem utiliza esse tipo de recurso para estudo. Wagner Bandeira destaca que uma vantagem do software é ser disponibilizado em mídia offline. “Já existem outros microscópios simulados, mas com a exigência de serem executados com uso da internet. Mas, com o Mira, o estudante poderá, em qualquer momento e lugar, utilizar o microscópio simulado”, destacou Wagner Bandeira. O recurso será disponibilizado na forma de Cd-rom, facilmente executável em qualquer computador.
Para a diretora do Ciar, Míriam Fábia Alves, o Mira representa uma nova forma de pensar, mostrando outras possibilidades ao estudante: “É um avanço para a universidade, e também uma forma de mostrar a outras gerações meios que vão além do impresso”, afirmou Míriam Alves.
Considerada como umas das grandes responsáveis pela existência do microscópio simulado, a coordenadora do curso de especialização em Tecnologias Aplicadas ao Ensino de Biologia e professora do ICB, Simone Maria Teixeira de Sabóia Morais, considera o Mira não só uma ferramenta de aprendizado prático ao estudante de EaD, mas também um multiplicador de conhecimentos. Segundo Simone Teixeira, o projeto nasceu da necessidade de estreitar os laços entre os estudantes dos diferentes polos de EaD e a UFG, mediante equipamentos de qualidade.“A questão física ainda é muito presente, mas é importante mostrar ao aluno de EaD, do interior por exemplo, que ele faz parte dessa universidade e está recebendo um material de qualidade”, afirmou Simone Teixeira.
Para Simone, a utilização de recursos como o Mira só tem a acrescentar à qualidade do material que estará disponível ao estudante dos polos. Ela acrescentou que não só os alunos ganham utilizando esse recurso, mas também os professores. Simone Teixeira considera que a facilidade de acesso ao conteúdo e o cumprimento de atividades práticas podem ser destacadas como as vantagens que o Mira oferecerá aos professores de EaD. Além disso, em sua opinião, esta é uma possibilidade de desmistificar o ensino de Biologia. “Com recursos como o Mira, o professor na modalidade de aluno irá conhecer outros meios de ensino da Biologia”, destacou Simone Teixeira.
Presente no lançamento, a pró-reitora de Graduação, Sandramara Matias Chaves, demonstrou satisfação em ver projetos desse nível sendo desenvolvidos na UFG. “Será uma alegria divulgar o Mira, assim como todo o potencial dos profissionais do Ciar”, afirmou a pró-reitora. Também presente no lançamento, o reitor em exercício, Eriberto Francisco Bevilaqua Marin, destacou sua satisfação com o projeto e o potencial da UFG no contexto nacional e internacional, já que uma universidade africana, localizada em Moçambique, demonstrou interesse em utilizar em suas atividades o simulador de microscópio desenvolvido no Ciar.
Quelle: Ascom/UFG
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