Pró-reitora participa da 4ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação
Com o tema Política de estado de ciência, tecnologia e inovação para o desenvolvimento sustentável, teve início ontem a 4ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (4ª CNCTI), em Brasília. O evento segue até o dia 28 de maio. Na tarde de ontem (26), a pró-reitora de Pesquisa e Pós-graduação da UFG, Divina das Dores de Paula Cardoso, participou como relatora da uma sessão paralela que discutiu os desafios regionais, territoriais e ambientais para os biomas Cerrado e Pantanal. A 4ª CNCTI tem o objetivo de formular uma proposta de políticas públicas para os próximos dez anos. Para isso serão discutidos os desafios e estratégias para a utilização sustentável da biodiversidade e dos recursos naturais em um ambiente de valorização da inovação como principal estratégia de desenvolvimento e crescimento econômico.
Coordenada pelo diretor executivo do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), Márcio de Miranda, a sessão destacou as características dos biomas e problemas como o aquecimento global e a expansão da agroindústria que põem em risco a preservação ambiental. A pesquisadora do Instituto Florestal do estado de São Paulo, Giselda Durigan, e o pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), João Flávio Veloso Silva, enfatizaram a importância da criação de alternativas para o aumento da produtividade e recuperação das pastagens degradadas dos biomas.
Para Giselda Durigan, a recomendação é para equilibrar a produção e a conservação. De acordo com os dados apresentados, após quatro décadas de desmatamento, o Cerrado ainda está presente em 12 estados e apenas 45% continuam preservados. “O Cerrado é uma esponja que absorve a água e abastece oito das doze grandes bacias hidrográficas brasileiras. Se perdermos esse bioma as consequências serão grandes”, disse.
As principais estratégias sugeridas para a preservação desses biomas consideram os investimentos na capacitação profissional, na disseminação do conhecimento científico sobre os biomas e para a apropriação desses conhecimentos pelos produtores e responsáveis pela tomada de decisão sobre o futuro dos biomas. Para João Flávio Veloso Silva, as alternativas para o aumento da produtividade agrícola devem considerar as pastagens consorciadas, a integração lavoura-pecuária e as novas cultivares forrageiras.
Rede Pró-Centro Oeste
De acordo com Divina das Dores, a rede terá um prazo de cinco anos, prorrogáveis, para realizar as atividades propostas e recursos orçados em 150 milhões de reais. “Serão 80 milhões vindos de quatro fundos setoriais, 10 milhões da Capes e CNPq e 5 milhões de investimentos estaduais geridos pelas Fundações estaduais de amparo à pesquisa. Três eixos temáticos nortearão as pesquisas: biodiversidade, geodiversidade e biotecnologia”, detalhou.
A criação dessa rede tem o foco de alavancar a pós-graduação e a pesquisa da região Centro-Oeste, reduzindo, assim, as desigualdades que marcam a distribuição dos recursos governamentais que financiam as pesquisas no país.
Fonte: Ascom / UFG
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