noticia5819.JPG

Especialização em Gestão Prisional forma primeira turma

Sur 09/12/09 00:32.
Após dois anos, foi encerrada pós-graduação lato sensu que contribui para a reflexão teórica sobre o cotidiano das prisões

Uma parceria entre a UFG e a Superintendência do Sistema de Execução Penal (Susepe) da Secretaria de Segurança Pública do Estado de Goiás iniciou, em 2007, as atividades de um curso pioneiro no país: a pós-graduação lato sensu em Gestão Prisional. Foram dois anos de classes interdisciplinares ministradas todos os finais de semana, para que fosse realizada uma reflexão sobre o cotidiano e os desafios dos presídios brasileiros. Na última sexta feira, 4 de dezembro, o encerramento do curso foi celebrado, conferindo a 31 servidores, a maioria agentes da Susepe, a certificação de especialistas. A solenidade foi realizada no Centro de Cultura e Eventos da Câmpus Samambaia, com comemoração digna de uma formatura.

 

Na ocasião, a turma homenageou a servidora técnico-administrativa da UFG, Benedita Gonçalves Santiago, que, por meio da Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PRPPG), contribuiu para a organização do curso, além de acompanhar os alunos aos finais de semana, quando eram ministradas as aulas. Também foi homenageado o secretário de segurança pública de Goiás, Ernesto Roller.

 

A parceria para a realização do curso foi proposta em 2004, pela então chamada Agência Prisional. Sob a coordenação da professora da Faculdade de Ciências Sociais (FCS), Dalva Borges de Souza, a especialização em Gestão Prisional contou com módulos sobre saúde, psicologia, teoria social, entre outras disciplinas. Ao final, cada aluno redigiu um trabalho monográfico abordando um aspecto da relação conflitante entre execução penal e direitos humanos.

 

Na cerimônia de encerramento, o superintendente Edilson de Brito agradeceu o espaço concedido pela UFG para a formação dos profissionais dos presídios goianos e comentou sobre a importância da iniciativa. “É um marco para o sistema prisional e para uma ressignificação do atendimento ao sujeito privado de liberdade nos presídios”, disse.

 

A palavra reeducação, apesar de condenada por muitos críticos do sistema prisional brasileiro, como o promotor de justiça Haroldo Caetano, foi bastante mencionada no decorrer do encerramento do curso. “Não podemos falar em reeducação, pois muitas vezes o preso sequer foi educado, mas por que não em ressocialização? A melhor capacitação e humanização dos agentes foi pensada para isso”, explicou Edilson de Brito.

 

A pró-reitora de Pesquisa e Pós-graduação, Divina das Dores de Paula Cardoso, encerrou a solenidade falando sobre a importância da UFG travar esse tipo de desafio e, assim, interferir nos rumos da sociedade.

 

 

Source: Ascom/UFG

Catégories: Celebração