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Confira como foi o terceiro dia do Conpeex 2009

En 03/11/09 08:37 .
Hoje a programação se concentra nas semanas dos institutos e faculdades

Conferências, mesas-redondas, exposições. Confira como foi o terceiro dia do Conpeex 2009:

Mesa-redonda – Pela manhã foi realizada a mesa redonda “Estratégias para melhorar a transferência e inovação tecnológica nas Instituições Científicas e Tecnológicas (ICTS)”. O evento trouxe os professores Heloíza Helena Ribeiro Schor, da Universidade Federal de Minas Gerais, e Luiz Otávio Pimentel, da Universidade Federal de Santa Catarina, além de Leonardo Guedes, da Fundação de Amparo à Pesquisa (Funape), e de Everaldo Rocha Bezerra Costa (Advocacia Geral da União). O tema tem se tornado cada vez mais relevante desde a Lei n. 10.973 de 2004, que estabelece medidas de incentivo à inovação e à pesquisa científica e tecnológica.  

Heloíza Schor apresentou os trabalhos desenvolvidos na UFMG e afimou que “a cultura da patente faz parte do papel da universidade na formação de recursos humanos”. Além disso, a professora ressaltou que a lei de incentivo e as demais normas que a regulam configura a participação mais direta da universidade nas políticas públicas. Já Luiz Otávio Pimentel destacou o crescimento no desenvolvimento dos depósitos de patentes no Brasil, mas considerou que ainda há muito a ser feito e conquistado, além de  declarar que a inovação tecnológica e científica pode acontecer nas diversas áreas do conhecimento. Leonardo Guedes acrescentou que o Brasil carece do fortalecimento de marcas próprias, possibilitando que, além de incubadora de empresas, existam incubadoras de idéias, seguindo o exemplo europeu. Everaldo Costa apresentou a legislação existente acerca do tema, lembrando que o Estado deve zelar pela promoção e incentivo do desenvolvimento tecnológico e científico. 

 

Palestra –Ainda pela manhã, foi proferida a palestra encerramento Ambiente científico no desenvolvimento da pesquisa, pelo professor da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da Universidade Estadual Paulista (FCAV-Unesp), Câmpus Jaboticabal, Marcos Macari. A apresentação teve início com a conceituação do termo universidade que, de acordo com o professor, não é muito clara no Brasil. Para ele, hoje muitas instituições não deveriam ser consideradas universidades, já que estão focadas apenas no mercado de trabalho. “Algumas universidades não têm nenhuma discussão acadêmica, formando apenas profissionais de mercado”, explicou Marcos Macari. Para o professor, a UFG se classifica como uma instituição de pesquisa preocupada com o ensino, com o entendimento e com os conhecimentos que os alunos adquirem.

 

Outro conceito importante destacado por Macari foi a liberdade acadêmica, quando o docente tem incentivos para realizar pesquisas. Dessa forma, quanto mais pesquisas são feitas, mais conhecimento se produz e, por consequência, desenvolve-se novas tecnologias. No entanto, a preocupação principal de uma universidade não deve ser com o desenvolvimento de tecnologia. Para Marcos Macari, tem de haver a parceria entre empresas e a instituição de ensino. O professor também discorreu sobre os principais pontos para a realização da pesquisa dentro do ambiente acadêmico. Entre eles estão as lideranças dentro dos grupos, a infraestrutura da instituição, que “tem de ser vista como algo importante para o desenvolvimento científico, além da disponibilidade de materiais”, afirmou Macari.

 

Outros aspectos levantados por Marcos Macari foi o acesso à informação, a linha de pesquisa, destacando a importância do aprofundamento no que é pesquisado. O professor também discorreu sobre as ações intergrupos e dos recursos financeiros disponibilizados para pesquisa. Para ele, no Brasil não falta dinheiro para pesquisa, mas bons projetos. “O que vejo são pessoas que têm vontade de fazer pesquisa, mas não têm projetos qualificados”, pontuou o professor da FCAV-Unesp. Ao finalizar a palestra, Marcos Macari falou sobre ética na pesquisa e as dificuldades de divulgação do conhecimento científico.    

 

 

Cultura

 

Nesta tarde também foi realizado o primeiro fórum cultural: “Economia da cultura: políticas públicas e modelos de financiamento”. A mesa de discussão foi composta pelo professor da UFG e membro do Conselho Estadual de Cultura, Wolney Unes, o gestor cultural do SEBRAE/GO, Décio Tavares Coutinho, e Sandro de Lima, diretor de teatro e professor do Instituto Federal de Goiás (IFG). A mediadora foi a coordenadora de cultura da Pró-reitoria de Extensão e Cultura (Proec), Flavia Maria Cruvinel. Ela ressaltou a realização do fórum no Conpeex como uma conquista importante da área da cultura e ainda relembrou a programação cultural promovida pelo congresso. “É motivo de alegria ver o Conpeex cada dia mais cultural”, afirmou na apresentação da palestra.

 

O professor Wolney Unes iniciou a explanação recapitulando as origens dos conceitos de Economia da Cultura. Ele explicou que esse assunto passou a ser discutido com a criação dos setores quartenário e quinário da economia, relacionados com a produção de conhecimento, pesquisa e cultura. Representante do SEBRAE, Décio Coutinho definiu a cultura como entusiasmante, e por isso, geradora de valor agregado. Ele citou exemplos nos quais a cultura gera renda e sustentabilidade, como é o caso da produção de rock independente em Goiânia, apontado como referência nacional. Já o professor Sandro di Lima abordou o aspecto das políticas culturais na impulsão cultural. O professor ainda frisou um importante desafio para a cultura brasileira: a formação de público. As discussões sobre cultura estenderam-se com o fórum 2: “Cultura e extensão universitária na UFG”, com professores da universidade em debate sobre a própria proposta do Conpeex.

 

A partir de amanhã, a programação do Conpeex se concentra nas semanas acadêmicas dos institutos e faculdades da UFG. Mas a exposição "Horas" na Galeria da FAV continua aberta, e o Cercomp oferece duas palestras. Para conferir a programação, visite o site do encontro: www.ufg.br/conpeex2009/

 

Fuente: Ascom/UFG

Categorías: Congresso