MAC-Jataí expõe o projeto Ocupação-Habitação até o dia 8

O Museu de Arte Contemporânea de Jataí (MAC-Jataí) abrigará, até o dia 8 de novembro de 2009, as proposições teóricas e artísticas do projeto Ocupação-Habitação, com curadoria do prof. dr. Marcio Pizarro Noronha (FCHF/UFG). Os trabalhos foram elaborados pelo grupo de artistas convidado especialmente para este projeto e partiram de uma provocação feita pelo curador: “Como você ocuparia/desocuparia este lugar?”, ou ainda: “Qualquer um poderia ter nascido Sophie Calle”.

Ocupar tem, nesta proposta, um sentido afetivo-perceptivo de habitar. Então, trata-se de um projeto expositivo no qual o curador é um anfitrião, num ato relacional (arte relacional), numa interatuação-interação e num jogo de vai-e-vem de afetos, percepções e memórias, convidando um grupo de amigos-artistas-amigos-de-amigos a habitar temporariamente um lugar. O MAC-Jataí foi originariamente uma residência particular, ou seja, um lugar habitado e destinado às funções da vida privada de um grupo familiar e de seus amigos.

Ao ser transformada em espaço público, a casa teve uma parte de sua função privada e íntima recalcada, oculta. Mas, ainda hoje, ao entrar no prédio do MAC-Jataí é possível encontrar, em seu saguão, um monumento aos seus antigos moradores. Este foi, segundo o curador, um estímulo para pensar este projeto específico para este Museu, para esta Casa, e não apenas uma proposta de arte para um museu de arte.

A idéia foi a de realizar um projeto para esta Casa e para este Museu, lançar um olhar, um vôo e um mergulho na experiência de HABITAR, fazer passagens entre terrenos-corpos-espaços e territórios-sítios-lugares. Habitar um desabitado lugar no imaginário do artista. Desabitar o já conhecido para fazer nascer um desconhecido e um reconhecimento. Habitar para ocupar. Habitar para instalar. Habitar para aninhar (fazer um ninho).

As ações artísticas tiveram início no dia 06 de outubro e se prolongarão até o dia 08 de novembro, o que configura um processo curatorial-expositivo-artístico sempre em construção (work in process, work in progress). A exposição reúne uma rede de artistas entre Goiás, São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Argentina e Grã-Bretanha.

São 4 coletivos (Bonequinho, GeperformanceBauru (do Núcleo UHUU), GeperformanceGoiânia (com o grupo Arte & Eventos), GeperformancePoa), uma galeria e uma loja (Fedro e Koralle),  artistas com carreiras independentes (Cintia Guimarães, Dickson Duarte, Frantz, Manoela Afonso (FAV/UFG), Maria Laura Buccianti, Pablo Ferretti, Rafael Ferretti e Roly Arias) e uma equipe de produção, teoria e metodologia (Aline Luz, Hernan Ulm, Luciana Martini Dreyer, Marcio Pizarro Noronha (FCHF/UFG), Nubia Lucas, Rosemary Fritsch Brum, Suely Lima (UFG-CAJ), Valquiria Guimarães Duarte (FAV/UFG) e Sylnier Moraes).

Até o final da exposição o MAC-Jataí apresentará uma programação de ações/performances e conversas com artistas, assim como ações educativas que têm atendido às escolas locais. No dia 8 de outubro houve a primeira conversa aberta ao público entre o curador e a artista Manoela Afonso (FAV/UFG) sobre o seu trabalho intitulado c[atar]se, com destaque para aspectos como matéria, memória e devaneio. No dia 10 de outubro aconteceram performances do projeto Ninho e uma conversa aberta entre o curador e os artistas David Calleja, Juliana Brandt, Marilia Marton (Geperformance Bauru – Núcleo UHUU – Unesp/SP). No dia 22 de outubro haverá uma projeção do grupo GeperformancePortoAlegre, com transmissão em tempo real das 17h às 17h30, sobre o trabalho [eu estou aqui]. Em seguida haverá também uma conversa aberta ao público com a participação dos artistas de Porto Alegre através de web-conferência.

Para mais informações sobre a cidade de Jataí/GO e sobre o cronograma das ações que ainda acontecerão no Museu neste período, entrar em contato com a equipe do MAC/Jataí pelo telefone 64 - 36324048.