A UFG na era dos estudos de física de partículas
O instituto de Física (IF) da UFG foi aceito em uma colaboração internacional para estudos no Fermi National Accelerator Laboratory (Fermilab), um laboratório de física de partículas localizado em Chicago, nos Estados Unidos. Desde 1983, o Fermilab possui o Tevatron, o maior acelerador de partículas do mundo, até que o LHC (Large Hadron Collider), do Centro Europeu de Física de Partículas (CERN), entre em funcionamento no segundo semestre de
Essa é a primeira colaboração internacional do instituto e representa a inserção da UFG no maior laboratório de partículas existente. “Isso vai se refletir significativamente na qualificação do programa de pós-graduação do instituto”, analisou o professor. Também deve despertar um maior interesse dos estudantes pelo estudo da física de partículas. Um grupo de estudos na área, coordenado pelo professor Ricardo Avelino, já está sendo consolidado. O professor faz questão também de agradecer o apoio que recebeu, tanto da direção do IF quanto da Reitoria.
O Minos é um experimento que produz um feixe de prótons que colide com um alvo e produz píons carregados (partículas com carga elétrica, formadas por um par quark anti-quark classificadas como mésons). Esses píons decaem em outras partículas (múons e neutrinos) e, depois de uma série de máquinas, é obtido um feixe de neutrinos. Esses elementos praticamente não interagem com a matéria. “Para se ter uma ideia, 100 bilhões de neutrinos solares atravessam cada centímetro quadrado do nosso corpo a cada segundo e sequer percebemos isso”, explicou Ricardo Avelino. Os neutrinos produzidos no Fermilab são enviados por baixo da terra e são detectados em uma mina em Soudan, no norte do estado de Minnesota, Estados Unidos.
Participam dessa colaboração cerca de 150 pesquisadores de várias institutições, como Cambridge, Oxford e Stanford, além das paulistas Universidade de São Paulo (USP) e Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), e agora a UFG. A participação da UFG estará centrada basicamente na atividade do professor em laboratório, desenvolvida em trabalhos como análises de dados, desenvolvimento do código de reconstrução das partículas e orientação dos alunos de mestrado e doutorado que participarem do MINOS. De três em três meses, ele deverá comparecer à sede do Fermilab.
Os recursos para desenvolver esses trabalhos no laboratório, ainda em 2009, foram obtidos pelo professor por meio de projetos sumetidos ao financiamento da Rede Nacional de Física de Altas Energias (Renafae), do Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT).
Source: Ascom/UFG
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