Posse da nova diretoria marca último dia do ForGRAD
O XXII Fórum de Pró-reitores de Graduação (ForGRAD) com o tema “A expansão do ensino superior brasileiro: contextos, desafios e possibilidades” encerrou-se na tarde de ontem com a posse da nova diretoria do fórum, que tinha por presidente a pró-reitora de Graduação da UFG, Sandramara Mathias Chaves. Assumiram os cargos Maria José Sena, da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFPRPE),e Alfredo Jefferson, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ).
Palestra – A professora Iguatemy Maria de Lucena Martins, que atualmente é diretora de avaliação da educação superior do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP/Ministério da Educação), apresentou, na tarde de ontem, a palestra Avaliação dos cursos de Graduação: mudanças e exigências legais. Após traçar um panorama com dados e hierarquias do Ministério da Educação (MEC), a professora destacou o desafio de firmar políticas que articulem avaliação, regulação e supervisão dos trabalhos realizados na Instituições de Ensino Superior (IES). Iguatemy Martins ressaltou ainda que “avaliar implica definir um nível de exigência para as IES e assumi-lo, utilizando referenciais para orientar e estabelecer padrões mínimos de qualidade, buscando sempre progredir, já que a função da avaliação é gerar desenvolvimento”.
Mesa-redonda – Na manhã da última terça-feira, o ForGRAD recebeu a mesa-redonda Realidade e perspectivas do ensino superior, que teve como debatedores Antônio Joaquim Severino (Universidade de São Paulo), Éliton Tavares, diretor de avaliação de educação básica do Novo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e Carlos Bielshowsky, secretário de Educação a Distância do MEC.
O professor Antônio Severino destacou que o ensino superior não é privilégio, mas algo imprescindível para o desenvolvimento do país, já que os benefícios da formação universitária reflete-se em todas as camadas da sociedade. Contudo, essa tarefa está sendo prejudicada pelo crescimento de IES voltadas para o ensino generalizado e técnico que desarticulam a educação à medida em que giram em torno do capital. Paralelo a isto o professor criticou a excessiva atenção dada a pesquisa em IES, principalmente públicas, que geram espaços elitizados e se afastam do papel fundamental das universidades, que é a graduação. Neste sentido, os pró-reitores de Graduação são os mais legitimados para ‘salvar’ o ensino superior.
Carlos Bielshowsky destacou as potencialidades de democratização do ensino superior por meio da Educação a Distância (EaD), que alcança 2,5 milhões de alunos entre graduação e pós-graduação. O secretário ainda apresentou dados sobre o trabalho que é realizado pela secretaria para avaliação da qualidade do ensino a distância oferecido pelas IES. Éliton Tavares apresentou as bases de metodologia de avaliação do novo Enem, além de dados estatísticos sobre a estimativa de participação de municípios e estudantes que passarão pelo processo seletivo unificado este ano.
Fuente: Ascom/UFG
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