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Calourada discute crise econômica e educação

On 15/03/09 23:56 .
Debatedores afirmaram que crise mundial tem solução e o governo federal deve priorizar áreas sociais
“Diante da crise econômica a universidade precisa ser prioridade do poder público, para oferecer acesso democrático e ensino de qualidade”. O militante político do Movimento Terra e Liberdade, engenheiro Martiniano Cavalcante, fez essa afirmação na manhã desta quarta-feira, durante a mesa-redonda “Crise econômica e educação”. A constatação dos efeitos da crise econômica mundial no Brasil, como a diminuição do PIB do país, as demissões em massa e as ameaças de corte em diversas áreas sociais do governo, gerou preocupação com a manutenção e a expansão do ensino público.

De acordo com o professor
do Centro Federal de Educação Tecnológica de São Paulo (Cefet-SP), o historiador marxista Valério Arcary, a crise econômica mundial é a mais séria das últimas décadas e provocará transformações sociais históricas. Para o engenheiro de produção e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Eduardo Serra, a educação poderá ser afetada pela crise, caso o governo diminua as verbas destinadas ao setor, o que poderá diminuir o alcance do Programa de Apoio ao Plano de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni). Segundo os debatedores, há soluções para a crise, como uma política estatal que priorize a educação e outras áreas sociais. Todos os participantes da mesa-redonda concordam que a atuação do Estado neste momento de crise é crucial para definir frentes prioritárias e que o governo federal não deve ignorar os setores sociais mais importantes para a população.

O estudante de História e coordenador do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFG, João Victor Nunes Leite, afirmou que a escolha do tema foi motivada pelo momento importante pelo qual passa a universidade, com a implantação do Reuni e o ingresso de um número maior de estudantes na instituição. João Victor explicou que é importante envolver os calouros no debate acerca das consequências da crise na sociedade e na UFG. Calouro do curso de Educação Física, Guilherme Lima Novais participou do debate de hoje e disse que está gostando da recepção dos veteranos. Para ele, a Calourada foi bem planejada e está ajudando em sua adaptação ao universo acadêmico.

Destaque do terceiro dia da Calourada UFG 2009, a mesa-redonda “Crise econômica e educação” foi realizada no auditório da Faculdade de História, Câmpus Samambaia. A Calourada UFG 2009 segue até sábado, com debates, palestras e apresentações culturais. Confira a programação completa no site do DCE (www.mobilizaufg.blogspot.com).

Quelle: Ascom/UFG

Kategorien: Debate