Rede de Atenção a vítimas de violência lança site
En 05/03/09 07:22 .
A Rede de Atenção a Crianças, Adolescentes e Mulheres em Situação de Violência de Goiânia abriu um novo canal de diálogo com a sociedade. Em café da manhã realizado ontem no Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (IPTSP), da Universidade Federal de Goiás (UFG), foi lançado o site da organização. A página está no ar no endereço www.redegoiania.com, com o objetivo de combater a violência. De acordo com a técnica do Núcleo de Prevenção das Violências e Promoção da Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia e representante do órgão na Rede, Maria Aparecida Alves, o site tem a função de registrar os trabalhos da organização, ser material de pesquisa e prestar serviços de informação às vítimas de violência.
Criada em 2000, a Rede é formada por vários segmentos da sociedade e do governo, como a Secretaria Municipal de Saúde, a Secretaria Municipal de Educação, a Assessoria para Assuntos da Mulher, o Fórum Goiano de Mulheres, o Fórum Goiano pelo Fim da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes e o Hospital das Clínicas da UFG, que estiveram presentes na solenidade. Maria Aparecida explica que a Rede de Atenção a Crianças, Adolescentes e Mulheres em Situação de Violência é uma articulação intersetorial, na qual cada instituição tem sua responsabilidade, mas com o acordo coletivo de que a mulher, a criança e o adolescente em situação de violência tenham prioridade em seu atendimento.
Em seus oito anos de existência, a Rede tem atuado também na capacitação dos técnicos das instituições participantes e com a realização de seminários para discutir o tema. Maria Aparecida explica que a UFG está presente nessa organização desde o seu surgimento. Eulange de Souza, integrante do Núcleo de Implantação dos Espaços Estratégicos e Articulação Intersetorial do Hospital das Clínicas e representante do Núcleo de Estudo da Violência e Saúde da UFG, explica que, além de elaborar pesquisas sobre a violência, a pretensão desse núcleo é dar apoio à Rede e às instituições estaduais e municipais de combate à violência.
De acordo com Eulange, como a violência hoje está presente no cotidiano e interfere muito na vida das pessoas, cabe à universidade intervir, produzindo conhecimento sobre o alcance dessa violência, e oferecer formas de combate e atenção às vítimas. Como o Núcleo de Estudo da Violência e Saúde é um projeto de Extensão da UFG, há participação dos estudantes da graduação e da pós-graduação em pesquisas. “A UFG tem hoje uma história inserida na formação desses gestores públicos, dos profissionais que passaram pela instituição, principalmente da Saúde Coletiva, e do atendimento do Necasa (Núcleo de Estudos e Coordenação de Ações para a Saúde do Adolescente)”, comenta Maria Aparecida.
A coordenadora do Fórum Goiano de Mulheres, Denise Borges, afirma que os momentos de discussão e as articulações que a Rede de Atenção promove são importantes porque permite potencializar ações, otimizar recursos e fortalecer as instituições participantes. “Na medida em que nós nos encontramos em um mesmo espaço para discutir como fazer esse trabalho, como traçar o fluxo de atendimento, trabalhar campanhas integradas, fortalecemos não só os movimentos sociais, como também a sociedade civil e o governo”, opina Denise.
Outras ações da Rede de Atenção a Adolescentes e Mulheres em Situação de Violência em Goiânia e que estão voltadas para a participação de profissionais que atuam na área de saúde mental na Secretaria de Saúde, já foram planejadas. Para o próximo semestre, a articulação prepara um curso de especialização para os profissionais do Hospital das Clínicas.
Fuente: Ascom/UFG
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