Reunião na UFG discute a implantação da Rede Ifes

O reitor da Universidade Federal de Goiás (UFG) Edward Madureira Brasil recebeu na terça-feira, dia 18, representantes de diversas Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) para discutir a implantação da Rede Ifes, uma rede de integração e permuta de conteúdos multimídia, que surgiu como um projeto de pesquisa do professor Carlos Alberto da Rocha, da Universidade Federal do Paraná (UFPR). O reitor da UFG é coordenador do grupo de trabalho para implantação da rede.

Das 58 Ifes, 11 foram convidadas para a reunião, congregando universidades de todas as regiões do país. Segundo Edward Madureira, essa escolha foi feita para testar identificar os problemas de todo o país e dar as soluções. O reitor da UFG afirma que a Rede Ifes é uma estratégia de sobrevivência, porque dificilmente uma universidade federal tem pessoal suficiente para produzir uma grade de programação completa. “A maneira mais inteligente é essa. A rede pode ser muito poderosa se soubermos racionalizar o capital financeiro, intelectual e as experiências”, destacou Edward Madureira.

O professor Hugo Nascimento, do Instituto de Informática (IF) da UFG, é integrante do Colégio de Gestores de Tecnologia da Informação e Comunicação das Ifes, da Associação Nacional dos Dirigentes de Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) e afirmou que a associação está a disposição para ajudar na implantação da rede.

A Secretaria de Educação Superior (Sesu) do Ministério da Educação (MEC) custeou o kit de aparelhos necessários para a implantação da rede, que já chegou nas 58 Ifes. Agora, Carlos Alberto da Rocha explica que está à disposição para responder quaisquer dúvidas na instalação e manuseio dos equipamentos e, segundo ele, não tem aparecido nenhum problema sério quanto a isso. “O que a gente quer é ver as universidades postando mesmo”, declarou.

Para a produção dos programas, Carlos Alberto sugeriu a rotina que já é feita na UFPR: usar as matérias do telejornal laboratório do curso de Comunicação. Segundo ele, está se criando uma rotina de trabalho nas disciplinas, para impor um ritmo regular de produção a ser veiculada na Rede Ifes.

Sobre a participação das universidades na Rede, Carlos Alberto deu o exemplo da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), que, mesmo sem ter rádio ou televisão universitária, produziu um documentário de 20 minutos, que depois foi veiculado pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). “A Rede Ifes requer uma gestão colaborativa e ao mesmo tempo é uma ferramenta muito dinâmica. Temos que acelerar o uso da rede e integrar com outras que já existem”, afirmou Carlos Alberto.

O reitor da UFG destacou a importância das parcerias para a implantação e consolidação da Rede Ifes, como a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) e a Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Edward também contou que a Fundação Banco do Brasil demonstra interesse na veiculação de conteúdos pela Rede. “Onde tenho feito a interlocução sobre a implantação da rede, todos acham fantástico. Cabe a nós torná-la realidade”, afirmou o reitor da UFG.