
V Conpeex traz conhecimento da UnB em empresa júnior
Ocorreu na manhã dessa terça-feira, 7 de outubro, no auditório da Faculdade de Ciências Humanas e Filosofia da UFG (FCHF), a palestra “Programa de Empresa Júnior – A experiência na UnB”, proferida pela professora Fernanda Coelho de Oliveira, coordenadora do programa Empresa Júnior da Universidade de Brasília (UnB). A palestra faz parte da programação do V Congresso de Pesquisa, Ensino e Extensão (Conpeex) e foi coordenada pela pró-reitora de Pesquisa e Pós-graduação da UFG, professora Divina das Dores de Paula.
Fernanda explica que o Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico (CDT) da UnB foi criado em 1986, com o objetivo de apoiar e promover o empreendedorismo e o desenvolvimento tecnológico da instituição, bem como estimular a visão empresarial de estudantes universitários. O Programa Empresa Júnior (Pró Jr.) da UnB, vinculado ao CDT, foi criado em 1993 para apoiar a criação e o desenvolvimento de empresas júnior da universidade, já que a primeira Empresa Júnior havia sido criada um ano antes, a ED&M Consultoria. Além disso, o programa visa difundir a cultura empreendedora na universidade, preparar os estudantes para a realidade de mercado e incentivar a formação complementar do aluno.
A professora Fernanda afirma que qualquer estudante de graduação da UnB pode criar uma empresa júnior. Para isso, é necessário formar um grupo de, no mínimo, seis estudantes, elaborar um plano de negócio e o estatuto da empresa, pedir autorização do chefe de departamento da unidade onde a empresa será alocada e com esse consentimento a empresa já pode ser fundada. Logo depois, a assinatura do convênio com a UnB pode ser feita. Ela explica que, caso os estudantes não saibam elaborar um plano de negócio, o CDT oferece uma disciplina com todas as orientações necessárias para a elaboração.
Em 2006, o projeto da UnB de empresas juniores foi reformulado e implantado, com a finalidade de incentivar a criação de novas empresas na universidade, apoiar a capacitação de membros, divulgar as empresas às pessoas e entidades, além de ceder infra-estrutura disponível no CDT para reuniões e palestras.
Na UnB, segundo a professora Fernanda, existe hoje mais de 22 empresas júnior de diferentes cursos, e as disciplinas Empresa Júnior I e II, ofertadas desde 2007, já foram oferecidas para mais de 650 alunos. De acordo com dados mostrados pela professora, há hoje no Brasil cerca de 1500 empresários juniores distribuídos em mais de 600 empresas. Ela explica que a tendência nacional é que esse número cresça, já que no país existem mais empresas júnior que na França, onde esse conceito de empresa foi criado.
Quanto ao faturamento, Fernanda declara que varia de empresa para empresa, dependendo do tipo de serviço que elas oferecem, e que algumas faturam R$ 2 mil, enquanto outras, R$ 100 mil. Ela diz que, em uma empresa júnior, a palavra lucro deve ser abolida, pois é uma entidade sem fins lucrativos e funciona como uma forma de complementação acadêmica, ajudando o estudante a adquirir experiências para ingressar no mercado de trabalho.
O essencial para o crescimento desse projeto em qualquer universidade, de acordo com Fernanda, é a troca de conhecimento entre membros de empresas júnior no Brasil todo. Para isso, ela diz que é de extrema importância a participação dos integrantes da empresa em congressos, feiras e cursos que tenham o empreendedorismo como tema.
Fonte: Ascom/UFG
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