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Jornalista Lourival Sant_Anna lança seu livro na UFG

In 29/09/08 00:10 .
Egresso da UFG falou sobre _O destino do jornal_ no auditório da Facomb

O jornalista Lourival Sant’Anna lançou seu livro O destino do jornal na manhã desta terça-feira, na Faculdade de Comunicação e Biblioteconomia (Facomb) da UFG. A obra é resultado de sua dissertação de mestrado, defendida no ano passado na Escola de Comunicação e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo (USP). Formado na UFG, Lourival falou da sensação diferente em lançar o livro aqui: “No Brasil não temos a cultura de devolver para a universidade o que ela nos ofereceu. Hoje é a minha chance”, comemorou.

 

O livro é divido em três eixos temáticos: a concorrência do jornal impresso com os novos meios, a queda na leitura e as inovações tecnológicas, que, para Lourival, não estão apenas na internet, mas também no ressurgimento do rádio noticioso, na consolidação da revista Veja, na criação da revista Época, na televisão a cabo e até no celular.

 

Dados usados por Lourival em sua pesquisa mostraram que menos brasileiros estão lendo jornal, e por menos tempo. Entre 2001 e 2007, a circulação do jornal Folha de São Paulo caiu de 399 mil exemplares para cerca de 302 mil, de O Estado de São Paulo de aproximadamente 341 mil para 241 mil e do jornal O Globo, de cerca de 296 mil para 280 mil, conforme Lourival.

 

Como vantagens do jornal impresso as pesquisas apontaram o aprofundamento da notícia, o caráter investigativo dado a ela, a diversidade de informações, garantida pelos cadernos, e o fato do jornal ser portátil. Entre os defeitos estão o tamanho e o formato do jornal, o papel “sujo” e o seu posicionamento ideológico.

 

Lourival falou sobre as diferenças no Jornalismo com o advento da internet, segundo ele, um meio em que o “deadline”, o prazo imposto aos jornalistas para entregarem as matérias, não existe mais. Além disso, o perfil do leitor da internet também muda, pois ele passa a atuar até como editor. O jornalista lembrou ainda que a internet não é um meio rentável, ao contrário do jornal impresso. Segundo ele, com os novos meios e as inovações tecnológicas, o jornal impresso precisará se integrar à internet, além de usá-la como uma “alavanca”.

 

“O jornal é bom para explicar os fatos para o leitor, dizer o que eles significam, pois ele já sabe o que aconteceu ontem. Isso o jornal sabe fazer como ninguém e faz todos os dias”, afirmou Lourival. Ele destaca que, para sobreviver, o jornal impresso precisará de jornalistas mais bem pagos e mais bem treinados, pois não haverá uma cópia do jornal impresso na edição on-line. “O desafio é fazer o Jornalismo na internet, mantendo os nossos valores, como credibilidade e a independência entre o setor comercial e a informação”, ressaltou Lourival. Para ele, o jornalista poderá atuar dando ordem a esse caos gerado pelas transformações: “Pode ser que a gente tenha um papel mais importante agora do que antes, em meio a sociedade da informação, com o bombardeio de informações a que estamos submetidos”, concluiu Lourival.

 

Fonte: Ascom/UFG

Categorie: Livro

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