Ministro visita a UFG e defende política de cotas
O ministro Édson Santos, da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Rracial (Seppir), participou de reunião na Universidade Federal de Goiás, onde discutiu questões referentes às ações afirmativas nas universidades e políticas de inclusão social no ensino superior. O ministro foi recebido pelo reitor Edward Madureira Brasil e por pró-reitores, assessores e pesquisadores da UFG. Também participaram as professoras Sandra de Faria, pró-reitora de Extensão e Apoio Estudantil da Universidade Católica (UCG), e Maria Salette Trindade Rebelo, presidente do Núcleo de Seleção da Universidade Estadual de Goiás (UEG).
O ministro, que participa, em Goiânia, do V Congresso Brasileiro de Pesquisadores(as) Negros(as), defendeu e recomendou a adoção de políticas de cotas como forma de democratizar o acesso ao ensino superior. Segundo Santos, diferentemente do que se pensa, os alunos cotistas apresentam desempenho acadêmico equivalente ao dos alunos que ingressaram no sistema universal. Uma outra preocupação do ministro refere-se à permanência do aluno cotista, uma vez que não basta garantir apenas o acesso, mas também as formas de se manter o aluno que não tenha condições financeiras para a continuação de seu curso.
O reitor Edward Madureira Brasil disse que, coincidentemente à visita do ministro, a UFG está em pleno processo de deliberação sobre a política de cotas que será adotada na instituição. “O Programa UFG Inclui está em pauta nos conselhos superiores da Universidade e, em breve, teremos uma decisão sobre as ações afirmativas a serem implementadas no próximo processo seletivo”.
Segundo o reitor, a UFG viveu neste ano um intenso processo de aprofundamento do debate sobre ações afirmativas, incluindo a discussão sobre cotas raciais e para os alunos oriundos da escola pública. “Agora, a Universidade está suficientemente amadurecida para tomar uma decisão adequada”.
Durante a reunião, a pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação da UFG, Divina das Dores de Paula Cardoso, apresentou alguns projetos voltados para as populações negras e afrodescendentes, contemplando questões sociais, culturais, antropológicas, econômicas e de saúde pública. O Núcleo de Estudos Africanos e Afrodescendentes (Neaad), da UFG, também apresentou os seus projetos na área. O ministro reiterou o apoio da Seppir aos projetos propostos, tanto pela UFG quanto pela UEG e UCG.
O reitor Edward Madureira Brasil agradeceu a presença do ministro e de sua equipe, salientado ser uma honra recebê-lo na UFG. As professoras Sandra de Faria (UCG) e Maria Salette Trindade Rebelo (UEG) também destacaram a importância do apoio conferido pela Sepir aos projetos e ações desenvolvidos em prol de ações de inclusão social.
Fonte: Ascom / UFG
Categorias: Ações afirmativas
