Seminário busca soluções para melhoria da segurança na UFG

O segundo dia do seminário “A otimização de recursos e a redução de custos na UFG”, promovido pela Pró-reitoria de Administração e Finanças (Proad), esteve voltado para os gastos com segurança, que, segundo o pró-reitor Orlando Afonso Valle do Amaral, foram o motivo inicial do evento. Atualmente, a UFG gasta cerca de R$ 5 milhões com a segurança de seus câmpus. Sobre a redução desses gastos, palestrantes da Universidade Federal de Viçosa (UFV) e Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) falaram no último dia 30, sobre as experiências das suas universidades, que, de acordo com o engenheiro da Proad, Leonardo Eustáquio Guimarães, têm câmpus muito parecidos com os da UFG.
        A UFSC tem uma base central de monitoramento, que lida com monitoramento por sensor, por meio de 260 centrais de alarmes contra roubo que protegem cerca de 3.500 salas 24 horas por dia. Tem também um sistema de monitoramento por imagens, geradas por 500 câmeras que cobrem cerca de 60% dos câmpus. Além do aparato eletrônico, a UFSC ainda conta com os vigilantes, que não mais ficam em postos fixos, pois estão divididos em equipes que fazem rondas em áreas definidas. Para isso, a UFSC investiu na formação desses profissionais, com cursos de curta duração voltados para a realidade dos câmpus, cursos de capacitação profissional e reciclagens.
        Na UFV a segurança conta com 64 vigilantes (servidores públicos) e 12 vigias (terceirizados) e 173 edificações são monitoradas eletronicamente. Além disso, ainda dispõem de viaturas, motos, rádios e uma sede informatizada para o serviço de vigilância. Segundo o diretor de logística e segurança da UFV, Luiz Carlos D’Antonino, é importante ter o apoio da administração superior, o entrosamento da equipe, a capacitação dos vigilantes e a restrição do uso de bebidas alcoólicas no câmpus. Ele elencou como pontos vulneráveis o tamanho e forma do câmpus, os turnos de trabalho, idade e tempo de serviço dos vigilantes, escassez de recursos financeiros, uso de drogas e realização de festas abertas ao público extra-universitário. Como estratégias a UFV adotou o aprimoramento da sinalização de trânsito e realizou campanhas educativas, aperfeiçoou o controle do acesso às dependências da universidade e incentivou o uso de crachá pela comunidade.
       Ainda no primeiro dia do seminário, o diretor do Centro Gestor do Espaço Físico (Cegef) Marco Antônio de Oliveira, lembrou que no ano passado começou a implantação de um plano de segurança para os câmpus da UFG, que inclui o uso de adesivos de identificação para carros, passarelas cobertas que forçam a passagem dos transeuntes por fora das unidades, instalação de catracas e cancelas eletrônicas e uso de crachás.

Empresas de segurança
       Ainda dentro da programação do seminário o engenheiro eletricista Pedro Paulo Correia de Souza, representante da Cronos Segurança Privada e o analista de informação Arnaldo Conde Filho, da Autodefesa Consultoria falaram sobre a visão do empresariado e apresentaram estratégias para a segurança.
       Pedro Paulo apresentou um sistema integrado de segurança que inclui monitoramento de alarmes, monitoramento de imagens, vigilância patrimonial, rastreamento de veículos, seguro patrimonial e sistemas de comunicação.
      Arnaldo Conde Filho apresentou um plano de atividades de inteligência e contra inteligência na segurança das universidades, que inclui o desenvolvimento de planos de segurança, pesquisas, organização de treinamentos para servidores, entre outros. Seu plano de inteligência envolve plano de segurança das instalações, de informações e de segurança de pessoal. Ainda há o plano de contra inteligência, que oferece treinamento especializado para o pessoal e alta administração para gerenciamento de crises contra seqüestros, assaltos com tomada de reféns e negociações.
         O diretor do Cegef, Marco Antonio de Oliveira lembrou ainda que com a expansão da UFG, prevista no Programa de apoio a planos de reestruturação e expansão das universidades federais, o Reuni, aumentará o número de cursos noturnos, o que exigirá ainda mais da segurança da universidade.