Nota da Reitoria manifesta preocupação quanto à extinção da Fapeg

Pelo fortalecimento da Fapeg

 A comunidade acadêmica e científica da Universidade Federal de Goiás manifesta profunda preocupação em relação às recentes medidas adotadas pelo governo estadual, que prevêem a extinção da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás – Fapeg. Com a reforma administrativa, a Fapeg transforma-se em superintendência, incorporando-se à Secretaria de Ciência e Tecnologia – Sectec.

A Reitoria da UFG entende que as medidas que visem o enxugamento da máquina administrativa e a redução do déficit orçamentário são louváveis. Entretanto, causa apreensão a extinção da Fapeg, após décadas de luta em prol de sua criação e consolidação. Oficialmente criada em 2005, por meio da Lei 15.472, a Fapeg tem uma missão imprescindível ao processo de desenvolvimento regional: fomentar as atividades de pesquisa científica, tecnológica e de inovação. Isso implica financiar, total ou parcialmente, projetos de pesquisa, inovação, difusão tecnológica e extensão, individuais ou de instituições públicas ou privadas, e também de empresas compromissadas com o avanço socioeconômico e cultural.

É importante salientar que a Fundação funciona, ainda, como órgão de captação de recursos provenientes de editais dos Ministérios da Educação (MEC) e de Ciência e Tecnologia (MCT), principalmente Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e CNPq. Esses investimentos são, em geral, duas ou três vezes maiores que a contrapartida oferecida pelo Estado. Sem a Fapeg, portanto, o fomento à pesquisa sofre drásticos impactos negativos: perdem-se aportes financeiros do governo estadual e, sobretudo, do governo federal. 

A Fapeg abriu, recentemente, importantes editais, garantindo oportunidades para a realização de pesquisas relevantes. Após seleção de propostas, a Fapeg sofreu, nos últimos meses, grande contigenciamento de recursos financeiros, o que tem prejudicado a execução de projetos já aprovados pelo órgão.

Agora, com o anúncio de extinção da Fapeg, a comunidade científica aguarda, perplexa, novas informações por parte do governo do Estado. E, apreensiva, espera que o órgão sobreviva, com autonomia administrativa e financeira. E mais: a UFG continuará lutando pelo fortalecimento e consolidação do órgão, estratégico para o desenvolvimento científico, tecnológico e social de Goiás e da região Centro-Oeste.

Prof. Edward Madureira Brasil
Reitor da UFG