UFG adia decisão sobre adesão ao Reuni

A sessão extraordinária do Conselho Universitário (Consuni) da Universidade Federal de Goiás, que seria realizada na última sexta-feira, dia 28, foi suspensa e adiada para data ainda a ser definida. A reunião foi convocada para deliberar sobre a adesão ou não ao Programa de Apoio a Planos de  Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni). O cancelamento ocorreu por conta de manifestação dos estudantes, que ocuparam o auditório e barraram a pauta de votação.

Munidos de apitos, faixas e gritando palavras de ordem, centenas de estudantes foram ao auditório da Biblioteca Central da UFG, no Câmpus II, para reivindicar mais prazo para as discussões acerca do Reuni e questionar as diretrizes estipuladas no decreto presidencial que criou o programa. Considerando o apelo dos estudantes, a sessão foi suspensa e o debate foi aberto. Por cerca de duas horas, alunos, professores, técnicos-administrativos e dirigentes da Universidade debateram, em clima tenso, o decreto do Governo Federal.

Dentre as principais metas questionadas pelos estudantes, está a ampliação em 20% do número atual de vagas nos cursos de graduação, que na UFG, atualmente, significa mais 3600 novas matrículas; o aumento da relação aluno/professor, que deve chegar a 18 em um prazo de cinco anos, sendo que hoje está abaixo do esperado, com 13 estudantes por docente; e da taxa de conclusão média nas graduações presenciais para 90%, também em cinco anos.

O reitor da UFG, professor Edward Madureira Brasil, defendeu que o Reuni é um instrumento legal que abre oportunidades para a ampliação de vagas nas instituições federais de ensino superior, mesmo contendo alguns pontos passíveis de questionamento. Segundo ele, ao aderir ao Reuni, a instituição terá autonomia para determinar como e quando criar cursos, aumentar vagas e contratar professores e técnicos-administrativos.