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Educação foi tema de encerramento do congresso de Fenomenologia

On 21/09/07 09:15 .
A interdisciplinaridade na graduação foi um dos assuntos debatidos na Faculdade de Educação
 

        A mesa-redonda sobre "As contribuições da fenomenologia para as ciências e educação" encerrou os debates realizados no I Congresso de Fenomenologia da Região Centro-Oeste, encerrado na última sexta-feira, numa promoção da Faculdade de Educação(FE) da Universidade Federal de Goiás (UFG).

    Um dos assuntos abordados durante a mesa-redonda foi a relação entre a fenomenologia e a educação. A fenomenologia constitui um dos campos da filosofia, a dos fins, e estuda a essência dos eventos. Ela é fundamental para se entender a intencionalidade da ação humana, com a descrição, compreensão e interpretação dos diversos fenômenos existentes em sociedade.

    A aplicação da metodologia fenomenológica na educação é muito necessária, ressaltou o professor da UFG e coordenador geral do congresso, Adão José Peixoto. Para compreender os fenômenos educacionais, é preciso o fenomenólogo buscar o sentido no fazer pedagógico, observar os eventos que se manifestam em sua múltipla complexidade e não se ater a preconceitos.

    O professor Adão José Peixoto destacou que atualmente é comum simplificarmos a educação às estátisticas com notas, números de alunos matriculados ou reprovados e cursos que podem ser feitos com rapidez. Isso torna a escola muito pragmática e inibe a intencionalidade, autonomia e criatividade dos alunos e professores.

     A mesma idéia é compartilhada pelo professor da Universidade Católica de Goiás (UCG), Rodolfo Petrelli, que defendeu, por exemplo, que na graduação é necessário a interdisciplinaridade, a realização de eventos que promovam o diálogo entre as diversas áreas de conhecimento e libere o aluno para transitar em sua grade curricular , tendo uma formação ampla. A fenomenologia tem muito trabalho a desenvolver na renovação da academia.

        “A fenomenologia não está fechada somente às ciências humanas”, afirmou o professor da UCG, Saturnino Ramón. Ele citou que estudar o espaço não se restringe somente a engenheiros ou astrônomos, o espaço pode ser o vivido e o construído por todos, assim as ciências exatas e biológicas também precisam entender os sentidos, desejos e esperança nas ações humanas. A metodologia fenomenológica não rejeita o saber cientificista, mas vai além, ao estudar as intencionalidades existentes nas práticas.

         Participaram também da mesa-redonda a médica cardiopediatra, Rita Francis Gonzalez, que discutiu a fenomenologia na área da saúde. O balanço do congresso foi positivo e a organização já discuti a realização da segunda edição do evento. Após a mesa redonda, houve o lançamento do livro "Encruzilhadas do olhar no ensino da arte", de Anna Rita Ferreira de Araújo (FE/UFG).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Quelle: ASCOM/UFG