Palestra de fonoaudióloga abre o projeto _A Voz da UFG_

On 21/08/07 15:44 .
Ana Cláudia Villela profere palestra nesta quinta-feira, às 18h, no Espaço Cultura da Adufg.

A Associação dos Docentes da UFG (Adufg) promove uma palestra com a fonoaudióloga Ana Cláudia Villela, nesta quinta-feira, dia 23, às 18 horas, no Espaço Cultural da entidade. À oportunidade, o encontro “Café de Idéias” lançará o projeto “A Voz da UFG”.

O evento dará início ao programa de  saúde vocal dos docentes (usuários da Unimed) que inclui assistência através do Plano de Saúde com o atendimento fonoaudiológico. A proposta foi aprovada na reunião de usuários da Unimed realizada em 19 de junho. No “Café de Idéias”, os presentes receberão os esclarecimentos sobre os problemas vocais decorrentes da atuação profissional, além dos detalhes e regras para participar do programa. A Adufg também  vai apresentar a proposta mais ampla do projeto “A Voz da UFG”,  que visa integrar as diversas frentes de ação da entidade: políticas, acadêmicas, de saúde, assistenciais e culturais.

O programa de saúde vocal da Adufg tem como objetivo orientar, prevenir, detectar e tratar os sintomas vocais negativos, sensoriais e auditivos, através de terapia vocal especializada, com orientação sobre a produção vocal, noções básicas de saúde bucal, sobre as possibilidades do aparelho fonador para os professores que têm como instrumento de trabalho a voz. A fonoaudióloga Ana Cláudia Villela é especialista em Voz pelo Centro de Estudos da Voz (CEV), em São Paulo, e em Motricidade Oral pelo CEFAC em Goiânia. Também  é mestre em Educação pela Universidade Católica de Goiás.

Programa de Saúde da Voz dos Docentes

De acordo com a especialista, mais do que uma simples produção do som, a voz produzida por alguém pode dizer-nos muito mais do que as próprias palavras. “A voz do indivíduo está relacionada com o seu biótipo, sua profissão, seu grau de cultura, seu estado neuro-hormonal, sua atitude emocional, seu estado psíquico, com tantos elementos, enfim, que quando se altera percebemos imediatamente na voz, que se processou uma anormalidade qualquer”.

Segundo ela, o som da voz do professor pode afetá-lo social e profissionalmente. “Uma voz sonora, forte e saudável é ouvida e apreciada. Uma voz tensa distante e problemática pode tornar-se desinteressante e prejudicar a compreensão dos alunos”.

Ana Cláudia Villela explica que o uso incorreto da voz é geralmente favorecido pela falta de conhecimento sobre a produção vocal, pela ausência de noções básicas de saúde vocal ou ainda, por um modelo vocal deficiente, isto é, pela influência de uma imagem não adequada às condições anátomo-funcionais de um determinado sujeito, levando a selecionar ajustes motores impróprios.

“Estas adaptações deficientes refletem numa disfonia (Behlau e Pontes, 1995). Estes autores completam que qualquer dificuldade na emissão vocal que impeça a produção natural da voz configura uma disfonia. Essa dificuldade pode ser expressa através de esforço à emissão, dificuldade para manter a voz, cansaço ao falar, variações no tom habitual, rouquidão, fala de projeção adequada da voz, a voz enfraquece, falha ou se perde completamente”, esclarece.

Para Ana Cláudia Villela, a voz bem colocada tem som de “boa disposição”, ela estabelece uma auto confiança naquele que fala e causa uma impressão positiva nos outros. “Uma voz forte e saudável abre as portas e cria oportunidades. Segundo Quinteiro, só uma voz limpa, sem ruídos patológicos, está em condições de enfrentar atividade profissional intensa como é a do professor”, explica a profissional.

Quelle: Assessoria de Imprensa/Adufg