UFG presta homenagem ao seu fundador, Colemar Natal e Silva
A Universidade Federal de Goiás realiza hoje, às 20h, uma Assembléia Universitária em homenagem ao fundador da UFG, professor Colemar Natal e Silva, por ocasião de centenário do seu nascimento. A solenidade será realizada no Salão Nobre da Faculdade de Direito, na Praça Universitária.
Na oportunidade, o professor Orlando Ferreira de Castro fará uma conferência sobre a história do nascimento da UFG e a participação arrojada do professor homenageado. Segundo o reitor Edward Madureira Brasil, a homenagem é oportuna, uma vez que no próximo dia 24 de agosto Colemar Natal e Silva completaria 100 anos de idade. “Trata-se, ainda, de um justo tributo ao idealizador e empreendedor desta instituição, uma das mais importantes universidades do Centro-Oeste”.
Abaixo, leia o artigo do vice-reitor da UFG, professor Benedito Ferreira Marques, publicada no Jornal UFG, edição de maio.
O centenário de Colemar Natal e Silva
No próximo dia 24 de agosto, as mais expressivas entidades e instituições culturais de Goiás estarão tributando justas e merecidas homenagens de diferentes matizes à memória do professor Colemar Natal e Silva, data em que completaria 100 anos.
Quem ouviu ou teve oportunidade de ler o discurso daquele saudoso mestre, proferido no dia 7 de março de 1961, quando proclamou, em cerimônia histórica realizada no Cine Teatro Goiânia, a criação da Universidade Federal de Goiás, não pode negar que a história desta Instituição – hoje pujante e altaneira –, está visceralmente ligada à coragem e à determinação do professor Colemar Natal e Silva, merecidamente o seu primeiro reitor.
Aquele memorável pronunciamento reflete não apenas o sabor da conquista de um ideal, mas também a obstinação de um homem determinado que se entregou por inteiro na difícil empreitada de transformar um sonho
Fez bem a professora Moema de Castro e Silva Olival em organizar, em forma de livro – e, depois, trazê-lo a público -, sob o título Colemar Natal e Silva no Campo da Cultura em Goiás, porque, só assim, muitos tiveram e têm oportunidade de conhecer a difícil maratona que levou a criação de nossa Universidade.
Mais de uma dezena de reuniões foram realizadas, todas no hoje famoso “Casarão da Rua Vinte”, onde funcionava a Faculdade de Direito, e todas registradas em atas minuciosas, que bem refletem o zelo com que o assunto era tratado pelo organizado mestre, talvez porque vaticinasse que aquela luta e seus resultados iriam fazer história.
Quem lê aqueles registros é convidado a refletir sobre duas curiosidades: a primeira foi a participação constante do segmento estudantil, na pessoa do presidente do Centro Acadêmico XI de Maio (CAXIM), daquela Faculdade, embora, naquela época, ainda não estivesse institucionalizada a integração obrigatória desse segmento nos órgãos colegiados das instituições de ensino; a segunda foi a escolha do horário em que se realizavam aquelas reuniões, sempre à tarde, talvez para não prejudicar o andamento das aulas no período matutino.
Por dimensionar a importância histórica daquele antigo prédio, onde foram estabelecidas todas as estratégias de ações para a criação da UFG – que também viria a ser a primeira sede da reitoria, por vários anos -, o atual reitorado desta instituição está desenvolvendo destemidas gestões junto aos órgãos competentes, visando a resgatar o referido prédio, a fim de nele instalar o Centro de Memória da Universidade Federal de Goiás. Sem dúvida, é mais uma iniciativa no conjunto de tantas outras que certamente estão sendo programadas pelas mais diferentes entidades culturais do Estado, que comungam dos mesmos propósitos, no sentido de marcar o centenário nascimento do fundador da Universidade Federal de Goiás e protagonista de muitas outras realizações no campo cultural do Estado.
Vice-Reitor da UFG
Para ler o jornal, acesse: http://www.ufg.br/uploads/files/jornal-ufg-09.pdf
Source: ASCOM/UFG
