Continua greve dos servidores caso governo federal não atenda evolução da tabela salarial
Passados 42 dias de greve, os servidores técnico-administrativos da UFG decidiram intensificar as atividades do movimento na próxima semana caso o Governo Federal não apresente uma contra-proposta para atender à reivindicação da evolução da tabela salarial dos servidores na reunião que será realizada hoje, 12 de julho, em Brasília, com a FASUBRA (Federação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras). A decisão foi tomada na última assembléia geral da categoria, realizada nesta quarta-feira, dia 11 de julho, no Anfiteatro da Faculdade de Medicina da UFG.
Para a coordenadora geral do SINT-UFG (Sindicato dos Trabalhadores da UFG), Fátima dos Reis, que esteve em Brasília para representar o comando local de greve dos servidores da UFG, a greve tem sido vitoriosa, pois o movimento já conseguiu negociar com o Governo Federal algumas de suas reivindicações, como garantir a implementação do Plano de Saúde e a não incorporação do VBC ao salário dos servidores. Apesar disso, ela considera que a greve deve continuar até que o Ministério da Educação (MEC) apresente proposta de negociação com a FASUBRA acerca da evolução da tabela salarial dos servidores que garanta ganhos salariais para toda a categoria – da classe A a E.
Os servidores da UFG não concordam com a proposta apresentada pelo Ministro da Educação, Fernando Haddad, de utilização do piso salarial do PGPE como referência para a evolução da tabela salarial da categoria. Acreditam que a referência com base no PGPE não proporcionará ganhos reais ao salário de todas as classes.
Além disso, os servidores pedem que o Governo Federal apresente proposta orçamentária para discutir a evolução da tabela, já que afirma que terá dificuldades para implementar a proposta da FASUBRA, que custará aos cofres do governo cerca de R$ 9 milhões de reais.
Em decorrência da discordância entre MEC e FASUBRA, os servidores decidiram continuar a greve nacional. Para a próxima semana, o comando local de greve da UFG deliberou pela formação de uma caravana que seguirá até Brasília em caso de não negociação do governo com os servidores na reunião que será realizada nesta quinta-feira, e a realização de uma manifestação em massa na porta da Agência Central da Caixa Econômica Federal de Goiânia, no próximo dia 17, terça-feira, durante a visita do ministro do Planejamento, Paulo Bernardo Silva.
Os servidores também continuarão com as atividades diárias no Hospital das Clínicas da UFG de coleta de assinatura no abaixo-assinado contra a transformação dos hospitais universitários em fundação estatal e piquetes no condomínio dos prédios do CEGEF (Centro de Gestão do Espaço Físico da UFG), Divisão de Transporte, DMP (Departamento de Material e Patrimônio) e CEGRAF (Editora da UFG).
Fonte: Assessoria de Imprensa
