Reitores discutem novos modelos para as universidades federais
O presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) e reitor da Universidade Federal do Mato Grosso, Paulo Speller, abriu ontem, às 19h30, o seminário organizado pela Universidade Federal de Goiás. O evento integra o Fórum Permanente de Graduação. O objetivo é aprofundar o debate sobre os projetos de ampliação de vagas e cursos nas universidades, conforme meta do segundo mandato do Governo Lula.
Paulo Speller abordou o tema “A Andifes no contexto da expansão”. Coordenada pelo reitor da UFG Edward Madureira Brasil, a mesa-redonda contou, ainda, com a participação do assessor especial da Reitoria, Nelson Cardoso Amaral, que fez uma palestra sobre “Expansão noturna”.
Expansão Noturna
O Plano Nacional de Educação estabeleceu como meta que as universidades públicas no Brasil devem chegar a 2010 com o mesmo número de matrículas nos cursos noturnos e diurnos. Para cumprir essa diretriz, seriam necessários recursos da ordem de R$ 2,75 bilhões nos próximos três anos, é o que afirma um estudo realizado pelo assessor especial da reitoria da UFG, professor Nelson Amaral, que irá participar de mesa-redonda na abertura do evento.
De acordo com ele, a plena utilização do espaço da universidade à noite exige bem mais do que instalações e espaços, e para conseguir a expansão noturna desejada pelas instituições, o investimento anual deve ser de R$ 900 milhões.
Universidade Nova
Outra proposta em discussão, no segundo dia do evento, refere-se à Universidade Nova, projeto de autoria do reitor da Universidade Federal da Bahia, Naomar de Almeida Filho. Segundo ele, esse modelo aponta para uma transformação radical na atual “arquitetura acadêmica” da universidade brasileira.
De acordo com a proposta, a educação universitária seria composta por um regime de três ciclos: primeiro ciclo - os bacharelados interdisciplinares, que propiciariam uma formação universitária geral, como pré-requisito para a progressão aos ciclos seguintes; segundo ciclo – formação profissional em licenciaturas ou carreiras específicas; terceiro ciclo – formação acadêmica, científica ou artística, de pós-graduação.
Neste caso, a escolha da carreira específica seria feita pelo estudante somente após o término do bacharelado interdisciplinar. Com isso, o aluno da graduação teria que passar por um processo seletivo antes de ingressar na universidade e outro na seqüência dos estudos, quando escolheria uma carreira profissional. Segundo o autor do projeto, a Universidade Nova reduzirá as taxas de evasão do ensino superior, pois adiará escolhas profissionais precoces que têm como conseqüências prejuízos individuais e institucionais.
Outros efeitos esperados são a flexibilização curricular com aumento de componentes optativos e o alargamento da base dos estudos superiores, permitindo uma ampliação de conhecimentos e competências cognitivas.
PROGRAMAÇÃO
Dia 11/04/07
19:30 horas – Abertura
20:00 horas – Mesa-redonda
Expansão Noturna - Prof. Nelson Cardoso Amaral – Assessor da Reitora UFG.
A ANDIFES no contexto da expansão - Prof. Paulo Speller - Presidente da ANDIFES e Reitor da UFMT.
Coordenação: Prof. Edward Madureira Brasil – Reitor da UFG
Dia 12/04/07
8:00 horas - Mesa-redonda
A proposta “Universidade Nova”- Prof. Naomar Monteiro de Almeida Filho - Reitor da UFBa.
Os cursos da UFABC: a implantação de ciclos - Prof. Luiz Bevilacqua – Reitor da UFABC.
Coordenação: Profa. Divina das Dores de Paula Cardoso – Pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação
14 horas - Plenária: Expansão e reestruturação das IFES: aprofundando o debate
Coordenação: Profª. Sandramara Matias Chaves - Pró-reitora de Graduação da UFG
资源: Assessoria de Imprensa da UFG
