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Novo diretor assume cargo no Hospital das Cl_nicas

En 28/03/06 13:53 .
O m_dico cirurgi_o Jos_ Garcia Neto tomou posse nesta quinta-feira no cargo de Diretor do Hospital das Cl_nicas da Universidade Federal de Goi_s, gest_o 2006-2010. A solenidade aconteceu _s 9h, no audit_rio da Faculdade de Medicina (Primeira Avenida s/n, Setor Universit_rio).
O médico cirurgião José Garcia Neto tomou posse nesta quinta-feira no cargo de Diretor do Hospital das Clínicas, o hospital universitário da UFG, gestão 2006-2010. A solenidade aconteceu às 9h30, no auditório da Faculdade de Medicina, localizada na Primeira Avenida, s/n, Setor Universitário.
         Garcia é graduado pela Faculdade de Medicina da UFG (1984) e mestre em Ciências pela Universidade de São Paulo (USP). Possui especializações em Cirurgia Geral, Cirurgia Cardiovascular e em Auditoria de Serviços de Saúde. O professor de Cirurgia Torácica/Cardiovascular da Faculdade de Medicina da UFG (1981) possui larga atuação no HC, onde já foi membro das comissões internas de Controle de Qualidade e de Planejamento Estratégico, coordenador junto ao Ministério da Saúde do Serviço de Cirurgia Cardiovascular do HC, chefe médico do Centro Cirúrgico e do Departamento de Cirurgia. Já foi membro dos conselhos Regional de Medicina de Goiás (Cremego), da Faculdade de Medicina e da Associação Brasileira de Ensino Médio (Abem). Também foi membro da Comissão de Ensino e Transformação Curricular da Faculdade de Medicina.
Em entrevista, ele fala sobre as metas para sua gestão.
 
Quais os principais problemas do HC que o Sr. pretende resolver de imediato?
Há uma série de problemas a serem resolvidos no HC, todos importantes. Nossa prioridade inicial será atender as áreas emergentes, como o serviço de arquivamento médico, o pronto socorro e o centro cirúrgico. Cada qual com suas particularidades, mas é comum a necessidades de melhorias quanto à estrutura física e recursos humanos. O serviço de arquivo do HC, onde ficam os prontuários dos pacientes, é semi-informatizado; o espaço físico é inadequado e o pessoal carece de treinamento. Atualmente, o pronto socorro conta com cerca de 40 profissionais de saúde, sendo que a demanda exige pelo menos 60 médicos. Nesse caso, o pessoal é altamente qualificado, deixa a desejar recursos materiais e o espaço físico insuficiente. Um dos problemas, são os contratos temporários. Já o centro cirúrgico tem espaço físico, que carece de uma boa reforma geral, especialmente a rede elétrica, para funcionar em sua plenitude e falta pessoal de apoio, como enfermeiros instrumentadores. Atualmente, são realizadas 300 cirurgias por mês, daria para dobrar se estive funcionando com toda a sua capacidade. Há uns dez anos, chegaram a ser realizadas cerca de 11 mil cirurgias/ano, no HC.
 
Qual é o orçamento do HC e quais as principais fontes?
O HC tem duas fontes de suporte financeiro: o MEC, responsável por aproximadamente 65% da folha de pagamento de pessoal, e o Ministério da Saúde, através do SUS, que realiza o repasse dos procedimentos de saúde. Na verdade, o restante que falta para o pagamento de pessoal é pago com a nossa produtividade, com esses repasses, ou seja, o que deveríamos estar investindo em melhorias para o Hospital está sendo usado para esse fim. Um fator interessante é o acordo contratualização feito com o Ministério da Saúde, em que são adiantados recursos por meio do compromisso do alcance de metas de crescimento nos procedimento de saúde. O cumprimento de metas de crescimento nos atendimentos é um dos nossos principais objetivos para conseguir mais verbas para o hospital.
 
E o Estado e o Município participam com o repasse de recursos para o HC?
Sim, ambos participam. Mas, na verdade, são recursos do Ministério da Saúde que, por meio de programas e acordos com essas instituições fazem o repasse para o Hospital, num acordo tripartide.
 
Como será sua política de pessoal?
Um dos pontos fortes no nosso plano é a gestão democrática, a comunidade participando dos processos decisórios do HC, especialmente em assuntos relacionados às necessidades internas de capacitação, valorização do servidor e melhoria do local de trabalho, para que se sintam bem e produtivos, parte integrantes dessa instituição. Pretendemos implantar o projeto Saúde do Trabalhador, que vai além da assistência médica, envolvendo aspectos de prevenção e outros, visando a saúde e bem estar do servidor do HC.
 
O HC funciona como um grande laboratório para diversas áreas da UFG. Como será administrada essa relação?
Integração de unidades de saúde é uma importante meta. O HC é para as faculdades de Medicina, Nutrição e Enfermagem. Mas, ele serve de laboratório para toda a área de saúde da UFG. Assim, nós queremos ampliar essa atuação também para as faculdades de Odontologia, Farmácia, Fisioterapia, Psicologia, Fonoaudiologia. Trabalhamos muito com o Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (IPTSP), mas podemos estreitar ainda mais nossas relações. A condição de hospital universitário, por meio da presença da academia dentro o HC, é muito positiva, pois nos garante a melhor qualidade, com profissionais do meio científico, altamente capacitados e permanentemente atualizados.
 
Há intenção em ampliar serviços?
Sim. A criação do pronto socorro de urgências odontológicas, por exemplo. E, também os serviços de atendimento especializado na área de Epilepsia, bem como de procedimentos de Litotripsia.
 
Como pretende ampliar a arrecadação de recursos para o Hospital?
Prioritariamente, através do aumento de produtividade para garantir mais repasses do Governo. Pretendemos efetivar os procedimentos de alta complexidade, como cirurgias de implante, transplante da medula óssea, córnea, rim,coração, fígado, c1ocleares (ouvido) etc; neurocirurgia e cirurgias cardíacas. Estamos próximos de concluir nossa estrutura para o transplante de grandes órgãos. Isso vai garantir maiores repasses para o Hospital. Além da busca de parceiros da iniciativa privada e da realização de campanhas de doação.

Fuente: Assessoria de Imprensa/UFG