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Pe_a teatral "Voar"

En 04/08/05 12:34 .
Dia 09 de agosto na Faculdade de Medicina

Baseado: Pequeno Livro do Cerrado de Gil Perini

Data: 09 de agosto de 2005

Local: Teatro da Faculdade de Medicina da UFG - 1_ Avenida s/n St. Universit_rio- Campus I UFG Goi_nia, Goi_s

Hor_rio: 20:30hs

Apresenta__o, adapta__o e dire__o: Marcos Fayad

Release:
Adapta__o teatral de Marcos Fayad
Sobre os contos "Voar" e "A Pedra" de Gil Perini
Do livro "O Pequeno Livro do Cerrado"
"Se todo animal inspira ternura, que houve , ent_o, com o homem?
(J.Guimar_es Rosa)

-Um mon_logo _ como uma alquimia manipulada em pequeno frasco e pequenas doses.
Isso se aplica a esse trabalho, um texto primoroso e surpreendente do escritor brasileiro, Gil Perini, uma obra prima que emocionou a todos que a leram.
Gosto de cham_-la de uma obra para v_rias personagens invis_veis e um vis_vel ator, porque as muitas personagens que entram na hist_ria deste espet_culo n_o aparecem em cena, sobrevivem na cabe_a e na imagina__o do espectador, t_o fortes e bonitas como se pudessem ser vistas: o homem que sabia voar, a rude m_e sertaneja e po_tica, garimpeiros violentos...elas, mais que o ator que as faz viver, _ que interessam na pe_a.
Assim se estabelece a magia teatral: o p_blico "v_" as personagens que n_o se materializam, d_ vida a elas.
Uma situa__o termina e se liga imediatamente a outra para dar continuidade _ a__o interior que nos permite acionar e desenvolver gradativamente nossa imagina__o.
Tudo isso _ muito mais sutil do que numa obra onde atuam v_rios atores, porque _ centrada num _nico ator vivo e atento _ veracidade da interpreta__o para que ela seja verdadeira tamb_m para o p_blico.
"VOAR..." _ uma obra simples e essencial como a vida. Como um quadro que um pintor d_ por terminado e quando o olha duas semanas depois v_ que ainda n_o est_, nunca est_ pronto - esse _ seu charme e sua natureza. O s_mbolo do v_o que todos empreendem enquanto vivem _ claro e objetivo e, por isso, emocionante. Um homem conta sua hist_ria e ela _ a hist_ria de todos os homens, com as muitas faces de seus dilemas e sentimentos. O que fascina as pessoas desde os prim_rdios do teatro nada mais _ que uma boa hist_ria contada de maneira excitante e fantasiosa.
Mas "VOAR..." _ tamb_m a met_fora de uma sess_o psicanal_tica onde um homem dialoga com seu terapeuta sobre o eterno dilema "ter ou ser". Depois de todas as dores, contradi__es e ang_stias de quem pondera sobre o "ter", o homem , finalmente des_gua na alegria da descoberta do "ser".
O grande dramaturgo espanhol Lope de Veja sentenciava:
"para o bom teatro bastam duas t_buas e uma paix_o."
Um mon_logo _ t_o essencial como a assertiva de Vega e n_o necessita mais do que as duas coisas - _ o que busco.
Interpret_-lo _, para mim, uma reafirma__o do ato de f_ na humanidade que fa_o atrav_s do teatro, arte t_o antiga quanto pulsante de vida. Acredito que, por sua natureza, um espet_culo teatral permite despertar e revelar o que h_ de humano no homem, aumentando sua capacidade de melhorar a vida e torn_-la mais bela. Nenhuma outra atividade se iguala _ nossa arte em sua for_a de a__o nos cora__es e nos esp_ritos.
Todas as noites, n_s atores do mundo inteiro, surgimos nos palcos para levar, cada um em seu pa_s, em sua l_ngua, palavras de verdade e de paz, de justi_a, de beleza, de _nimo a milhares de espectadores de todas as partes do planeta. Qualquer inexpressiva cidadezinha do interior, por mais humilde que seja, tem suas manifesta__es c_nicas. E todas se interligam com o resto do mundo por possu_rem essa ess_ncia do bem - o teatro.
N_o h_ teatro para o mal como n_o h_ teatro ego_sta. Nenhum artista se dedica ao mal como acontece com certos homens que se dedicam a certas profiss_es.
No mundo em que vivemos isso n_o _ pouca coisa, requer coragem e responsabilidade.
Com paix_o, os artistas utilizam o teatro para estabelecer harmonia com o p_blico.
Acredito que isto pode e deve acontecer entre os povos tamb_m, trabalho pensando nisto, em promover no espectador o que ele tem de melhor, seu humanismo.
Afinal, estamos todos imersos no ef_mero e pequeno teatro cotidiano, o teatro do mundo.
Este trabalho _ um espet_culo solo curto, no tempo exato...assim _ o seu esp_rito. (Texto: Marcos Fayad)

Informa__es:
www.medicina.ufg.br
Telefone: (62) 209-6149
E-mail:
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Fuente: Faculdade de Medicina