Coro da Fosgo apresenta 'Parábola Cantada'

Como parte das comemorações do aniversário de Goiânia, o Coro da Fundação Orquestra Sinfônica de Goiânia _ Fosgo - apresentará na próxima quarta-feira, dia 20, a partir das 20 horas, na Igreja Matriz de Campinas, a 'Parábola Cantada'. No repertório, compositores contemporâneos e canções de cunho religioso, sob a regência do maestro Ângelo Dias.

Os 48 cantores e cantoras do Coro presentearão o público com um concerto que prega a tolerância, o respeito à diversidade e o otimismo. 'Um repertório que combina com Goiânia, uma cidade que recebeu e ainda recebe gente de tudo quanto é lugar, cor e crença, sempre braços abertos', valoriza o maestro do Coro.

 

O concerto será dividido em duas partes e terá aproximadamente 1h15 de duração. 'Glória' é considerada uma das mais belas missas de todos os tempos e também uma das obras mais significativas de Antoniem Dvorak, que faleceu há exatos 100 anos.

Em seguida, serão cantados dois poemas do inglês Willian Bleick, musicados pelo também britânico John Tavener. 'The Lamb' (A Ovelha) e 'The Tiger' (O Tigre) foram compostos para crianças e ensinam, por meio de parábolas, que todos são importantes e os conceitos de bom e mau não podem ser tratados de forma intolerante.

Para transmitir este ensinamento, nada melhor do que recorrer a dois animais belos, muito diferentes entre si e, a primeira vista, absolutamente incompatíveis e inimigos naturais. As peças seguintes, de Frank Ferko _ 'Laus trinitatis' - e Knut Nysted _ 'Dominus Regnat', também transmitem ensinamentos por meio de pequenas estórias de cunho moral.

A segunda parte do 'Parábola Cantada' traz peças de compositores brasileiros e prega o respeito à diversidade, inclusive religiosa. 'Janaína', de Sérgio Vasconcelos Correa, de 'Chula no Terreiro', de Frederico Dantas, fazem referências a entidades do candomblé, religião que chegou ao Brasil com os negros escravos e que por muito tempo fui proibida pela Igreja Católica. A apresentação de tais peças na Igreja Matriz de Campinas demonstra que os tempos são outros e que, acima das religiões, está a religiosidade e o respeito ao próximo.

A apresentação da próxima quarta-feira está cercada de muita expectativa, inclusive com uma certa euforia no ar. A Matriz de Campinas é um belo templo e é o segundo maior do mundo dedicado à Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Todas as terças-feiras, milhares de fiéis comparecem ao local para participar das novenas em homenagem à mãe de Jesus. 'É um lugar impregnado de energia positiva. Vai ser lindo cantar lá', acredita Alessandra Araújo Pereira, integrante do Coro.

 

Programa

1^a parte

Gloria (da missa em ré maior), de Atoniem Dvorak
Poemas de Willian Bleick, música de John Tavener
'The lamb' e 'The tiger'
'Laus trinitatis', de Frank Ferko
'Dominus Regnat', de Knut Nysted

2ª parte

'Rosalina', de Camargo Guarnieri
'Conselho', de Jean Douliez
'Janaína', de Sergio Vasconcelos Correa
'Chula no terreiro', de Frederico Dantas