Instituto do Pulmão (03)

Instituto do Pulmão é lançado e vai ocupar ala do antigo edifício do HC

Em 22/12/25 16:45.

Estimativa é de que as obras sejam executadas em até 60 dias após a aprovação da Vigilância Sanitária

Instituto do Pulmão (03)
Angelita e lideranças responsáveis pela criação do instituto de excelência em doenças respiratórias

 

Texto: Versanna Carvalho

Fotos: Carlos Siqueira

Uma área de aproximadamente 700 metros quadrados (m2), dentro do antigo prédio do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC UFG), vai abrigar o Instituto do Pulmão do HC UFG. Depois de algum tempo de articulações e planejamento, na segunda-feira (22/12) foi assinado o edital de licitação e reforma do espaço físico do Instituto do Pulmão. O novo espaço vai se dedicar ao estudo das doenças respiratórias, principalmente relacionadas ao pulmão e vias aéreas, e tem a finalidade de criar um núcleo de atendimento de doenças mais complexas e, ao mesmo tempo, realizar atividades de pesquisa e ensino, aumentando a oferta de atendimento aos pacientes por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). 

A diretora-executiva da Fundação de Apoio à Gestão de Serviços e Projetos em Saúde (Fagep), antiga Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (Fundahc), Lucilene de Sousa, aproveitou a ocasião para trazer novidades sobre o Instituto do Pulmão. Ela conta que, para começar a edificar a obra, é necessário ter a aprovação da Vigilância Sanitária. “Nós tivemos a primeira fase de aprovação que saiu sexta-feira (19/12) e agora vamos para a fase final que é a aprovação do projeto que está lindo e eu tenho certeza que não haverá objeções para sua aprovação”, acredita. A estimativa é de que a obra seja executada em até 60 dias após a aprovação pela Vigilância Sanitária. 

A ideia inicial do que hoje é chamado de Instituto do Pulmão surgiu de um sonho antigo do médico pneumologista, atual vice-diretor da Faculdade de Medicina e coordenador do Instituto do Pulmão, Marcelo Rabahi. O professor destacou que a primeira parte da obra está sendo feita com o empenho de R$ 800 mil destinados por uma emenda parlamentar do deputado federal Zacharias Calil. Na ocasião, além do deputado, o professor listou todas as pessoas e áreas da UFG e fora da UFG que sonharam junto com ele e contribuíram para que esse sonho se tornasse realidade. 

O professor começou a pensar na possibilidade de se criar um instituto de excelência na área das doenças respiratórias, assim como existem institutos de excelência na Universidade em diferentes áreas, inclusive na área médica, como o Centro de Referência em Oftalmologia (Cerof). Ele, que também é o presidente eleito para o biênio 2027-2028 da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), enfatizou que as doenças respiratórias “são a terceira causa de morte nesse País e a terceira causa de internação hospitalar”.

Incidência elevada

O superintendente do HC UFG, José Garcia Neto, comemorou mais essa conquista conjunta do HC UFG com a Faculdade de Medicina da UFG. Ele também falou sobre a elevada incidência de doenças respiratórias em Goiás. “Em primeiro lugar porque nós temos uma área de clima muito complexo, com uma quantidade de partículas no ar muito grande, momentos de seca muito longos, com umidades temporárias e um calor forte”, listou. Segundo ele, esses fatores geram a possibilidade de que doenças respiratórias se instalem de maneira mais progressiva e mais constante. 

 

Instituto do Pulmão (01)
Marcelo Rabahi apresenta planta do instituto que terá 10 consultórios e outros espaços especializados

 

A reitora da UFG, Angelita Pereira de Lima, comentou que a decisão de fazer o lançamento do Instituto do Pulmão antes da reforma na sede do antigo HC é para valorizar “o sonho e a grandeza do projeto, o antes e o depois”. Ela continua dizendo que “nós temos que acreditar nos sonhos, na força da Instituição, nós temos que acreditar nos passos que damos. E mais do que isso, nas lideranças que lideram os nossos sonhos e acreditar no rumo que estamos seguindo. Se não acreditarmos que estamos indo no rumo certo, nós estamos jogando fora as nossas energias”.  

No final do evento de lançamento houve o descerramento de uma placa alusiva a esta etapa inicial. A mesa diretiva simbólica da solenidade foi formada pela reitora da UFG, Angelita Pereira de Lima; o vice-reitor da UFG, Jesiel Freitas Carvalho; o superintendente do HC UFG, José Garcia Neto; o diretor da Faculdade de Medicina da UFG, Waldemar Naves do Amaral; o vice-diretor da Faculdade de Medicina e coordenador do Instituto do Pulmão, Marcelo Rabahi; a diretora-executiva da Fundação de Apoio à Gestão de Serviços e Projetos em Saúde (Fagep), Lucilene de Sousa; e o deputado federal, médico e egresso da UFG, Zacharias Calil. 

Projeto arquitetônico

O projeto arquitetônico prevê a reforma da ala de cerca de 700 m2 reservada para o Instituto do Pulmão a qual terá 10 consultórios, área administrativa, 5 laboratórios (avançado de função pulmonar, de sono, de pesquisa, o serviço de reabilitação da fisioterapia, consultório para cirurgia torácica e para a pneumopediatria). “Seremos o primeiro hospital público de Goiás que terá quartos dedicados à realização de exames de polissonografia”, antecipou o coordenador do Instituto do Pulmão. 

Marcelo Rabahi conta que o projeto arquitetônico foi feito há cerca de um ano e procura foi inspirado nos melhores espaços de atendimento como os de clínicas particulares do segmento. “Nós precisamos dar respeito e dignidade ao atendimento dos pacientes do SUS na área das doenças respiratórias”, destacou. 

 

Instituto do Pulmão (02)
Solenidade contou com o descerramento de placa sobre primeira fase do projeto

 

Apesar de o serviço de pneumologia do HC já funcionar bem com muitos atendimentos, exames realizados e pesquisas, o novo instituto vai facilitar a vida do paciente reunindo tudo em um único lugar. “A intenção desse instituto é que fique tudo em um espaço só e com isso possamos agregar as outras especialidades em conjunto como a Fisioterapia, Educação Física, Enfermagem, Nutrição e o próprio Hospital das Clínicas para que façamos as ações em conjunto”.

O coordenador do instituto também fala sobre praticidade e melhoria da qualidade do atendimento ao público. “As pessoas que tiverem algum problema respiratório e que sejam atendidas no complexo hospitalar do Hospital das Clínicas poderão realizar, do ponto de vista das doenças respiratórias, tudo no mesmo lugar e, eventualmente, tudo no mesmo dia”. 

Outra expectativa apontada por Marcelo Rabahi é a de possibilitar o aumento no número de atendimentos. “A expectativa é que no primeiro ano haja o aumento de 10% dos atendimentos, de 20% dos exames complementares e de até 50% dos serviços de fisioterapia respiratória. Queremos melhorar o atendimento e aumentar a oferta de serviços”.

“Eu acredito que esses movimentos que ocorrem dentro da Faculdade de Medicina e do Hospital das Clínicas fortalecem o papel da Universidade. A Universidade tem que se aprimorar, tem que zelar pelo bom atendimento das pessoas que procuram assistência, mas ao mesmo tempo, estar na vanguarda das novas tecnologias de inovação dentro daquilo que é o nosso tema de trabalho”, concluiu Marcelo Rabahi.

Fonte: Secom UFG

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