UFG inicia terceira edição de capacitação em letramento etnico-racial
Curso reúne comunidade interna e externa para promover equidade na Universidade
Texto: Anna Paulla Soares
Na quarta-feira (12/11), ocorreu a abertura da terceira edição da Capacitação Lélia Gonzalez: letramento étnico-racial, no auditório do Instituto de Ciências Biológicas (ICB IV), no Câmpus Samambaia. O curso é uma iniciativa da Secretaria de Inclusão da Universidade Federal de Goiás (SIN/UFG) e tem como propósito promover o letramento racial, que consiste em desenvolver nos participantes sensibilidade e expertise para reconhecer situações de racismo e, assim, tornem-se agentes multiplicadores na defesa dos direitos de pessoas pretas, pardas, indígenas e outros grupos vulnerabilizados.
Na abertura, estiveram presentes a secretária de Inclusão da UFG, Luciana Dias; a diretora de Ações Afirmativas, Ana Paula Baumann; a diretora de Mulheres e Diversidades, Maria Meire de Carvalho; e o presidente da Comissão de Heteroidentificação da UFG, Igor da Silva Coelho, e o vice-presidente da Comissão de Heteroidentificação, Pedro Cruz.
A realização do curso durante o Novembro Negro é destacada como um momento especial para a reflexão que resulta em ação, visando promover um convívio igualitário dentro da Universidade. O público foi composto, principalmente, por servidores que integram a Comissão de Heteroidentificação da UFG, mas também de diferentes setores da Universidade, como o Instituto Verbena, discentes e membros de instituições externas.
Segundo Maria Meire de Carvalho, o curso traz significativas questões que tangem a sociedade e é um “lugar de luta, de responsabilidade social e racial de cada uma das pessoas, e principalmente de nós, enquanto servidoras e servidores da UFG”. Além disso, a capacitação auxilia a construir coletivamente estratégias de mudança comportamental nas relações étnico-raciais e apresenta possibilidades de construção de um ambiente institucional mais respeitoso e diverso.
O nome do curso refere-se a Lélia Gonzalez, uma intelectual que, segundo a professora Luciana Dias, esteve "escondida nos subterrâneos", principalmente das academias, devido ao fato de ser uma mulher negra. A professora destaca que o curso busca trazer à dimensão da consciência a gravidade das relações sociais no Brasil e a necessidade das ações afirmativas para combater a discriminação racial e menciona a UFG Inclui, programa que reserva vagas para indígenas, quilombolas e pessoas trans, como exemplo de uma ação afirmativa que auxilia o ingresso de grupos minorizados na Instituição.
Na primeira palestra, Luciana Dias explicou sobre conceitos étnico-raciais, enquanto Pedro Cruz trouxe números que elucidam o que foi dito pela docente. O projeto foi aprovado a partir de um edital da Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (Propessoas) em 2023, e este é seu terceiro ano de realização. O curso ocorre no formato presencial, no auditório do ICB IV, dos dias 12/11/2025 a 19/11/2025. As inscrições para esta edição já foram encerradas.
Source: Secom UFG
