Mostra do ICB aproxima crianças e adolescentes do universo da pesquisa

Texto: Eduardo Bandeira

Durante o 22º Congresso de Pesquisa, Ensino e Extensão (Conpeex) da Universidade Federal de Goiás (UFG), foi realizada a Mostra de Divulgação Científica e de Popularização da Ciência para a Educação Básica, no pátio do Instituto de Ciências Biológicas (ICB). O evento reuniu projetos interativos e exposições com o objetivo de aproximar crianças e adolescentes do ambiente acadêmico e despertar a curiosidade científica desde cedo.

Entre os destaques da mostra esteve a exposição fotográfica “Abrace o Meia Ponte”, que apresentou registros da primeira expedição científica do Rio Meia Ponte. A iniciativa buscou oferecer aos gestores públicos e parlamentares informações que contribuíssem para a criação de políticas de proteção ambiental e preservação do rio, um dos principais cursos d’água que atravessam o Estado de Goiás. A estação do Meia Ponte também exibiu animais empalhados, chamando a atenção dos visitantes para a fauna local e para a importância dos ecossistemas aquáticos.

Outras estações exploraram diferentes áreas do conhecimento. A Estação DNA, organizada pelo Centro de Genética Humana do ICB, convidou os estudantes a utilizarem microscópios para observar a estrutura das células e compreender a composição do DNA humano. Já a Estação Corpo Humano apresentou de forma lúdica e didática a anatomia e o funcionamento do corpo, despertando o interesse dos jovens pela biologia e pela saúde.

A Estação Moléculas, ligada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas, exibiu modelos e experiências que mostravam como as interações químicas sustentam os processos da vida. Houve também uma mostra de minerais, um espaço interativo que permitia às crianças pintarem e expressar sua percepção sobre o Cerrado, e estações dedicadas aos micro-organismos, solos e medicamentos, nas quais estudantes puderam aprender sobre farmacologia e sustentabilidade.

A Estação Água sem Fronteiras chamou atenção para a jornada da poluição hídrica, do rio ao oceano, promovendo reflexões sobre o impacto humano nos recursos naturais. Outro destaque foi a Estação Cultura Oceânica, que apresentou conchas, estrelas-do-mar e debates sobre o perigo dos microplásticos.

O mestrando do Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Matemática (Ppgecm), Wesley Menezes, esteve como monitor da Estação Cultura Oceânica e destacou o engajamento do público. “Existe uma curiosidade muito positiva por parte de quem visita. Essa curiosidade é necessária, porque leva as pessoas a buscarem respostas e a entenderem seu impacto na vida. As discussões sobre mudanças climáticas fazem com que todos percebam como isso afeta o cotidiano”, afirmou.

Entre os visitantes, alunos do Colégio Estadual Vitor José de Araújo se mostraram especialmente empolgados com as descobertas. Amanda Gabriele (12), Arthur Felipe (13), Enzo Gabriel (12), Eduardo Henrique (12), Caio Daniel (13) e Aghata (12) comentaram o entusiasmo diante dos meteoritos, animais empalhados e demonstrações do corpo humano. A escola levou seus estudantes em um ônibus para que pudessem vivenciar de perto a experiência científica e cultural.