Ambições para o futuro e tecnologia reunidos em um só lugar
UFG recebeu a etapa regional da Olimpíada Brasileira de Robótica neste final de semana
Texto: Caroline Pires
Fotos: divulgação
A Universidade Federal de Goiás (UFG) recebeu neste final de semana a etapa regional da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR). Centenas de estudantes participaram da competição embalados por música, tecnologia e muitos sonhos para o futuro. No sábado, dia 13 de setembro, foi a vez dos estudantes do ensino fundamental competirem em busca de vaga para a etapa nacional da OBR. Os robôs construídos por eles competem e precisam superar obstáculos em pistas especialmente construídas para a competição. No domingo, competiram estudantes do ensino médio de todo o estado.
“Quando eu crescer quero ser fazendeiro, mas a robótica vai me ajudar com isso”, empolgou-se Handel Côrtes, de 8 anos. Ele veio com professores e sua mãe Gabriely Côrtes, que entende esse momento como uma experiencia inesquecível na construção da trajetória estudantil das crianças, “a tecnologia está dominando o mundo e então é muito importante estimular o conhecimento e a criatividade deles”, acrescentou. Plinio Almeida é professor da escola de Handel estuda e veio para a competição com dez estudantes, “estamos iniciando na competição mas queremos estimular as crianças a continuarem se esforçando para vir para a competição novamente em 2026”.
Estudantes do Colégio Estadual Airton Senna da Silva vieram competir pela primeira vez
João Pedro Santos, de 11 anos, veio como integrante de equipe do Colégio Estadual Airton Senna da Silva, de Águas Lindas de Goiás. Incentivado pelas professores Camila Barros, de Física, e Rebeca Rocha, de Biologia, ele contou animado que já sabe programar em HTML e CSS, “eu quero ser programador quando crescer. Já consigo criar meus sites e quero continuar melhorando para vir estudar na UFG”, planejou. As professoras contam que as crianças se empolgam muito com a competição, e que o trabalho delas é o de fazer com que a animação se transforme em bons projetos “aconteceu de tudo ao longo do dia, a todo momento fomos surpreendidos, o que o era pra dar errado dando certo e o que contávamos como perfeito, falhando”, brincou Camila Barros. Ao todo participaram quatorze estudantes, entre 12 e 14 anos, que não saíram do Centro de Eventos da UFG até a premiação da competição.
Durante a premiação, Adriana Régia Marques de Souza, pró-reitora de Extensão e Cultura da UFG, reafirmou que “essa casa também é de vocês e é um prazer receber todos aqui. Vocês são nosso futuro”, afirmou. Segundo ela, a Universidade quer oportunizar para que todos os participantes possam voltar para a UFG para novas edições e principalmente para os cursos de graduação. O professor Ricardo Franco, do Instituto de Informática da UFG (INF), agradeceu em especial a todos os voluntários que possibilitaram a realização do evento. “Sabemos que esse momento é cansativo, mas eu agradeço todas as crianças e os pais por incentivarem essa competição. A cada ano nossa OBR está aumentando e levamos a sério cada momento”, finalizou o docente.
Paixão pela tecnologia
A etapa regional da OBR realizada na UFG é fruto de projeto de Extensão do Instituto de Informática (INF UFG), como explicou o diretor da unidade acadêmica, Sérgio Carvalho. “Realizamos esse evento há mais de 15 anos e nosso objetivo segue sendo fazer com que os estudantes aprendam a programar por meio da competição. Acreditamos que a tecnologia pode ser ensinada desde o ensino fundamental, por isso toda a nossa mobilização”, explicou. O diretor aproveitou a cerimônia de premiação para incentivar os estudantes a virem fazer seus cursos de graduação na UFG. Também nesse final de semana o INF recebe também a etapa estadual da Maratona de Programação, com equipes de estudantes do ensino superior resolvendo problemas por meio da programação.
Um evento desse porte demanda também a participação de monitores, que atuam como juízes e na coordenação do evento. Entre eles, Lívia Maria Rocha, estudante do quarto período da graduação em Inteligência Artificial. Segundo ela, o curso já tem lhe aberto portas e oportunidades que ela não imaginava vivenciar e, também, momentos de interação que vão para além da sala de aula. “No curso nós aprendemos a importância de trabalho em equipe e pelo segundo ano estou participando da organização da OBR por causa disso”, defendeu. De acordo com a estudante, a convivência com pessoas de mais diversas realidades também é inspirador, “quantas vezes na vida achamos que um problema é o fim do mundo? Mas sempre é possível pensar novas alternativas e isso tem tudo a ver com robótica e tecnologia”, defendeu.
Source: Secom UFG
