Três pesquisas da UFG recebem menção honrosa no Prêmio Capes de Tese

Texto: Versanna Carvalho

Fotos: arquivo pessoal

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) vinculada ao Ministério da Educação (MEC) divulgou o resultado final do Prêmio Capes de Tese 2025. Três pesquisas realizadas na Universidade Federal de Goiás (UFG) receberam menção honrosa. A edição 2025 do prêmio contempla as melhores teses de doutorado defendidas em 2024 nas 50 áreas de avaliação da Capes. O anúncio foi feito no final de agosto e a solenidade de entrega da premiação vai ser realizada em dezembro. Os ganhadores da Menção Honrosa vão receber certificado de premiação, juntamente com os orientadores, coorientadores e programas de pós-graduação.

O pesquisador Jhonny José Magalhães Guedes é autor do trabalho na área de Biodiversidade intitulado "Tendências, vieses e oportunidades de pesquisa em biodiversidade de vertebrados terrestres” realizado no Programa de Pós-Graduação Ecologia e Evolução (PPGEcoEvol), orientado pelo professor José Alexandre Felizola Diniz Filho e coorientado por Mário Ribeiro Moura. O cientista conta ao Portal UFG que quando soube pelo coordenador do PPG em Ecologia e Evolução que sua tese havia sido selecionada para concorrer ao prêmio, ficou  extremamente feliz. "Receber posteriormente a menção honrosa me deixou ainda mais satisfeito, pois demonstra que, mesmo diante das dificuldades de conduzir um doutorado em plena pandemia, todo o esforço e dedicação foram recompensados em dobro”, revela.

 

 

Jhonny destaca que os seus orientadores também ficaram muito felizes com a notícia, e comenta que uma tese é na verdade um trabalho colaborativo. “Meu último capítulo, por exemplo, contou com a colaboração de um egresso do PPG EcoEvol, o Lucas Jardim. De modo geral, esse reconhecimento traz uma grande sensação de dever cumprido. Agradeço imensamente a todos os envolvidos, incluindo a UFG, pela infraestrutura e pelo excelente corpo docente. Pude aprender muito com eles durante o doutorado, e seus ensinamentos foram fundamentais para a implementação de algumas das ideias desenvolvidas na tese”.

O orientador de Jhonny, José Alexandre comenta que uma premiação como esta é sempre um reconhecimento importante para o programa de pós-graduação, pois mostra e confirma o nível de excelência. “Esse na verdade é o nosso sétimo prêmio no programa e o meu segundo como orientador. O primeiro foi com o Matheus Ribeiro, que atualmente é professor na UFJ [Universidade Federal de Jataí]”.

Reconhecimento nacional

Na área de Ciências Biológicas III, a UFG foi destaque com a tese de doutorado do Maxwell Batista Caixeta do Programa de Pós-Graduação em Biologia da Relação Parasito-Hospedeiro (PPGBRPH). Maxwell defendeu a tese "Toxicidade de nanopartículas verdes de óxido de cobre ao longo do desenvolvimento de Biomphalaria glabrata (Mollusca: Planorbidae)”, orientada por Thiago Lopes da Rocha.

 

 

Para Thiago, a menção honrosa representa um marco de grande relevância acadêmica e científica, pois atesta a excelência e a originalidade da pesquisa desenvolvida durante o doutorado do Maxwell Batista Caixeta no Programa de Pós-Graduação em Biologia da Relação Parasito-Hospedeiro (PPGBRPH) da UFG. "Esse reconhecimento nacional valoriza o esforço e a dedicação do Maxwell ao longo do doutorado e a contribuição efetiva para o avanço da ciência brasileira. Como orientador, é uma alegria imensa acompanhar essa conquista e saber que esse é apenas um dos muitos passos brilhantes que ainda virão na sua trajetória acadêmica e profissional. A menção honrosa também é fonte de inspiração para a equipe do Laboratório de Biotecnologia Ambiental e Ecotoxicologia (LaBAE), e reforça o prestígio dos programas de pós-graduação da UFG”. 

Segundo Maxwell, “esse reconhecimento representa, antes de tudo, uma imensa alegria pessoal. Ver a minha tese ser reconhecida pela Capes, em meio a tantas pesquisas de excelência no Brasil, é a confirmação de que todo o esforço e dedicação valeram a pena. Para mim, é um marco na trajetória acadêmica, um incentivo para seguir pesquisando e acreditando no impacto que a ciência pode ter na vida das pessoas”, resume.

"No contexto da unidade acadêmica, o Iptsp, e do programa de pós-graduação, o prêmio reforça a qualidade da formação oferecida e mostra que estamos alinhados com os desafios atuais da ciência, da saúde e do meio ambiente. É um motivo de orgulho coletivo, porque uma tese reconhecida a nível nacional não nasce de um esforço isolado, mas de um ambiente que valoriza a pesquisa e o trabalho em equipe. Já para a UFG, esse reconhecimento evidencia o papel central da universidade pública na produção de conhecimento de ponta e na formação de recursos humanos qualificados", finaliza.

 

 

Dedicação à pesquisa

Um trabalho do Programa de Pós-Graduação em Química foi o terceiro a receber a menção honrosa do Prêmio Capes de Tese deste ano. Com a orientação do professor Nelson Roberto Antoniosi Filho, o pesquisador João Marcos Gonçalves Barbosa, desenvolveu a tese “Desenvolvimento e Aplicação de Diagnóstico de Risco Oncológico via Análise de Metabólitos Orgânicos Voláteis em Cerúmen”.

João Marcos faz uma reflexão sobre a menção honrosa. "Esse reconhecimento tem um significado muito especial em vários aspectos. Para mim, como autor, representa uma coroação de anos de dedicação imersiva à pesquisa, muitas vezes marcados por desafios pessoais e profissionais inerentes à trajetória acadêmica. Ter o trabalho reconhecido é uma forma de visualizar que com muito esforço e dedicação, podemos, de fato, gerar impacto através da pesquisa científica”.

Para ele, a premiação é igualmente significativa no aspecto de orientação. "A tese e seu reconhecimento são frutos de um papel fundamental de orientação exercido pelo professor Nelson Roberto Antoniosi Filho, que abrange desde a concepção inicial da ideia, a confiança depositada no meu trabalho e abertura para discutir novas abordagens e interpretações durante a construção do trabalho”, diz. "Em resumo, esse prêmio se consolida como um reconhecimento à qualidade da orientação e ao compromisso do professor Nelson com a formação de novos pesquisadores”, conclui.

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